terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O CO2 do Brasil.

Pelo que parece o aquecimento global é mais uma das invenções para a defesa de interesses dos países ricos.
O clima é algo difícil de se prever coisa que vários cientistas no mundo todo têm tentado fazer.

Como funciona o sistema climático para a simples previsão de uma chuva a curto prazo, por exemplo, mostra-se uma tarefa árdua e sem êxito, no entanto, há uma condenação ao efeito estufa causada pelo consumo de combustíveis fosseis derivados de petróleo, carvão mineral e gás natural, além da madeira, por conta da emissão de CO2 causada pela queima desses materiais.
Parece que a camada de ozônio já tem solução, pois não mais se comenta sobre ela, a impressão é de que a cada momento se elege algo de interesse da comunidade econômica para manter os lucros em ascensão na America do Norte e na Europa e, neste momento, parece que estamos tratando do clima como moeda de troca, mas na verdade especificamente do CO2, principalmente porque, coincidências a parte, o Brasil está prestes a se tornar um dos grandes produtores de petróleo e pelo tamanho da preocupação será o maior produtor de petróleo do mundo nas próximas décadas o que naturalmente porá a hegemonia de outros países em risco tornando-nos independentes do jugo imperial do norte, isso se continuar a excelente administração do PT.
A lógica funciona mais ou menos assim: freando a produção por conta da necessidade de redução do CO2 nesses países mantenho os consumidores dos meus produtos cada vez mais caros e tecnologicamente desenvolvidos, com selo de defensor ecológico da natureza e do meio ambiente e, ainda, continuo comprando seu rico petróleo a preço de banana.
Curiosamente a partir do aumento do preço do petróleo na década de 70 é que a luta pelo meio ambiente se tornou cada vez mais intransigente recolhendo seguidores pelo mundo inteiro, transformando-se em um grande negócio com milhões de empregados pelo mundo e bilhões de dólares envolvidos nas mais tempestuosas transações (o clima é um grande negócio).
Quando a ONU está por trás de algo, podemos imaginar outros gastos rondando os nossos bolsos pela transferência de obrigações para os mais pobres.
O IPCC/ONU (Intergovernmental Panel on Climate Change) Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU é um órgão facilmente manipulável para transparecer os interesses econômicos sobre o clima de maneira a evidenciar aquilo que não deve ser feito, daquilo que pode ser feito em relação ao clima, mesmo com consequências catastróficas para o planeta.
Parece que dessa vez o único interesse que não está sendo defendido é o do Grande Satã (EUA), temos de ficar de olho, acho que os países da Europa armaram uma arapuca para EUA e China taxando-os como poluidores nota 100 e os grandes culpados pela poluição causada pelo CO2, quando é sabido que a porcentagem de CO2 na atmosfera é de algo em torno de 0,034% e tem variado durante séculos para mais ou para menos, pois quem determina quando de CO2 vai haver no ar é a própria natureza, por ser uma gás essencial para ela e sujeito aos limites de concentração por ela impostos.
A quantidade de gás metano e oxido nitroso na atmosfera, segundo o mesmo IPCC em relatório de 2007, tem aumentado nos últimos 260 anos causado pelas atividades agrícolas, mas não se mostra como uma informação de muito interesse principalmente no Brasil podendo levar a ira a bancada ruralista do Congresso Nacional o que não é do feitio da nossa mídia e muito menos da Globo, Veja e Folha.
O relatório reconhece que houve redução nas temperaturas médias diurnas (DTR), mas os dados são disponíveis somente entre 1950/1993 e que esta temperatura diurna (DTR) não mudou entre 1979/2004, considerando que as tendências são altamente variáveis de uma região para outra, ou seja, é absolutamente inconsistente dizer que há um aquecimento global como tem sido apregoado pela mídia a quatro cantos.
O gelo da Antártica continua a mostrar variações de um ano para o outro sem se mostrar estatisticamente interessante e mesmo na circulação meridional do oceano global não há evidências de mudanças nas temperaturas, ou seja, está tudo do mesmo jeito que sempre foi há décadas, com um pequeno resfriamento a partir do final dos anos noventa.
De resto ficamos como o que sempre é feito em relação ao clima de maneira científica: provavelmente vai chover amanhã, daqui a uma semana ou daqui a um mês.
Portanto, as especulações do clima continuam a lastrear interesse econômicos pelo mundo todo e nós aqui ouvimos calados com medo de sermos atacados pelos virulentos defensores do ecossistema e taxados de reacionários, mas antes assim do que hipócrita e conivente com os interesses alienígenas no Brasil.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"Vote em um careca e ganhe dois"

“Vote em um careca e ganhe dois”.
Essa frase é o mote da campanha encetada pelo José Serra, presidente e o José Roberto Arruda, vice, um do PSDB e o outro do DEM.
Formarão uma dupla terrível para trabalhar contra os interesses da sociedade, pois se forem eleitos administrarão o país como FHC, Arruda e Kassab ou pior.
O primeiro, como todos sabem, destruiu a economia brasileira e conta com uma rejeição de 49,3% da população ao candidato que vier a apoiar.
O segundo, o tal do José Roberto Arruda, finalmente mostrou ao que veio e a finalidade de sua atuação política nos últimos anos no senado, quando se envolveu juntamente com outro demolidor do país, o tal de ACM, no escândalo da violação do painel eletrônico de votação do Senado fraudando o resultado.
Eleito para governador do DF, em 2006, demitiu 35.000 servidores com a desculpa de sobriedade administrativa e em nome da ética, comportamento próprio dos modelos desse tipo de político, contratou outros 14.000 apaniguados para substituí-los, assim começou a entrada de dinheiro sórdido das malas pretas patrocinadas pelos empresários e, em seguida, iniciou a derrubada de barracos em terrenos possuídos pelos pobres da capital jogando-os fora da nobre sociedade dos contribuintes das negociatas do governador do DF.
O terceiro da mesma laia, Fernando Kassab, distribuiu dinheiro aos donos das empresas de transporte de São Paulo na ordem de R$ 721 milhões de reais, enquanto o previsto para o ano de 2009 era de R$ 600 milhões de reais, alegando que o dinheiro seria destinado à renovação da frota além dos subsídios de passagens para evitar a majoração do preço acima de R$ 2,30 prometidos em campanha.
O que causa estranheza é o fato de que o dinheiro teria como destinação certa as obras do Rodoanel e foi desviado deixando um rastro de coisa mal feita, que para a conservação do preço das passagens haja a necessidade de aumentos cada vez maiores nos subsídios ao seu custeio sem que acrescentasse melhorias ao transporte público.
Para piorar mais, noticia-se nos meios de comunicação que R$ 353 milhões de reais destinados as obras de contenção de enchentes não foram encaminhados ao seu destino, ajudando a complicar mais ainda a triste situação da população paulistana sem ao menos ter para onde correr por conta do volume imenso de água, no entanto, as verbas destinadas a publicidade, de acordo com os mesmos meios, tem valor recorde.
Quanto ao Serra podemos perceber como será administrado o país sob a sua governança, só espero que a percepção seja suficiente para que não façamos como aqueles que votaram no Arruda para governador, o povo não pode mais errar.
Espero a continuação do atual processo com a eleição da Dilma jogando definitivamente no lixo da história essa canalhada de usurpadores do Estado e seus partidários que a séculos transformaram o povo brasileiro em reféns.

O video da composição entre o PSDB do Serra e o DEM do Arruda está no Youtube sob o título "composição serra/arruda" para ser visto antes que resolvam tira-lo sob a alegação de ser ruim para os negócios.
www.youtube.com/watch?v=wIXSSkvs06c

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A soma da bandidagem + DEM + PSDB

O atual governo tem o mérito de destruir uma boa parte das mentiras criadas pelo golpe militar de 64 e cultivada por um bando de canalhas dissimulados de políticos honestos, simplesmente, por não pactuar com os bandidos que destruíram o país em vinte e um de exceção convalidando o tráfico de influências, corrupção e desmandos.
Os irresponsáveis que criaram as mentiras eleitorais para o favorecimento de uma elite desonesta e se denominaram “defensores do país” estão sendo dizimados pela Polícia Federal e Ministério Público um escândalo após o outro sem trégua, após anos de impunidade causando sofrimento a população.
Impressionante como essa canalhada tem lacaios, defensores de toda a sorte, a imprensa irresponsável, todos patrocinados pelos dólares da CIA, soldados do capital estrangeiro contra os interesses brasileiros e da América Latina.
É curioso ler a seção de cartas desses papelões irresponsáveis também conhecidos como PIG – Partido da Imprensa Golpista que falam quase sempre as mesmas coisas chamam o presidente de bêbado e outras coisas piores desfilando preconceito e discriminação como se a nós não pertencessem esquecendo-se da própria origem que é o magnífico amálgama de três etnias: o índio, o negro e o branco que assim produziram a mais perfeita das misturas.
Não, eles querem ser europeus ou norte americanos não podem pertencer aquilo que mais detestam: o fato de serem brasileiros um povo encantado.
Melhor são os filmes, o povo de lá é mais bonito, lá não tem moda de viola, só música clássica e gente loirinha de zoínho azul, chega de morenos eu quero morar lá.
A grande mentira inventada pelos meios de comunicação, pela propaganda enganosa, que para eles nada aqui presta, o melhor vem de fora.
Lá fora não tem corrupção, ladrão, traficante, só gente bonita.
Quando será que vão cair na realidade de que não existe país melhor do que este?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Para onde vamos sem FHC.

Em artigo publicado pela mídia irresponsável, FHC tenta por meio de um texto preguiçoso como seus oito anos de desgoverno promover críticas ao governo Lula em um formato pretensioso, próprio da especialidade que desenvolveu na oposição, lutando agora para ser contrário a tudo aquilo que traga benefício ao país e resguarde os interesses de seus patrocinadores.
Há uma certa velharia combinada com velhacaria nas críticas das decisões de interesse da nação tomadas pelo atual governo em defesa do pré-sal chamando de “pequenos assassinatos” as mudanças determinadas para ao invés de concessões estabelecer o sistema partilhas, muito mais adequado para o país, logo quem comprou um porta aviões velho quer criticar a negociação dos caças, acha que o estado não pode interferir na Vale por ser uma empresa de economia mista e, no entanto, deixa de lado a informação de que 75% dela pertence ao estado e que graças ao seu modelo de “privataria” uma empresa vendida por US$ 3,3 bilhões tem um valor hoje de US$ 100 bilhões e quem manda em sua gestão é um dos acionistas minoritários com 25% das ações.
Chama Dilma de “candidata claudicante” como ela não manca e nem é capenga, devemos entender que esse claudicar deve ser por conta da doença a que foi submetida recentemente, o que demonstra o raciocínio preconceituoso e sua petulância e ainda diz que Lula ao leva-la pelo país tira dinheiro do seu, do meu e do nosso bolso como ele fez sem o menor pudor privatizando o meu o seu e o nosso patrimônio quase de graça e fazendo graça para o FMI e Banco Mundial.
Infelizmente, não consigo esquecer o “Selo Pedágio” e os “Kits Primeiro Socorro” que tanta raiva me causaram e esse aparvalhado vem falar de gastar o nosso dinheiro inutilmente logo ele que drenou o meu, o seu e o nosso dinheiro para as mãos dos empresários sem oferecer nada em troca, minto, vinha junto uma tesourinha que não cortava água e uma gaze transparente de tão ruim, que grande hipócrita!
A crítica a política externa então, é de amargar, diz que no Irã não há preocupação com a paz e nem com os direitos humanos, o que dizer então dos países que ele vive babando como a Inglaterra, os EUA, a França, a Itália que enviaram tropas para a invasão do Iraque e Afeganistão sem qualquer responsabilidade com a democracia ou os direitos humanos aniquilando crianças, mulheres e velhos e, também, a finalidade das relações com o Irã são comerciais sem qualquer ingerência deles na nossa cultura ou ideologia, ao contrário dos países com os quais ele tanto se afina.
Enfim, a partir daí não há quem agüente ler tanta bobagem e repetição dos chavões absolutamente sem fundamento, em uma crítica vazia de quem não tem moral para criticar ou mesmo argumentos para tal, aí faço coro com o Sr. Carlos Henrique Simões da Costa, criticando o mesmo artigo no fórum da Revista Eletrônica Carta Maior, nos seguintes termos:
“ESSE POÇO DE MEDIOCRIDADE QUE QUEBROU O PAÍS TRÊS VEZES (FHC É DE LONGE O PIOR PRESIDENTE DA HISTÓRIA DESTE PAÍS) CONSEGUIU PIORAR EXPONENCIALMENTE TODOS OS INDICADORES SOCIAIS E ECONÔMICOS DE NOSSA NAÇÃO, COM O APÔIO DA MÍDIA REACIONÁRIA, PRECISA TER AS IMBECILIDADES QUE VOMITA DESMORALIZADAS CONSTANTEMENTES, COMO TAMBÉM DEVEM SER DENUNCIADOS OS CRIMES DE SEU GOVERNO (QUE VENDEU O PATRIMÔNIO PÚBLICO A PREÇOS RISÍVEIS, COM EVIDENTES INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO; COMPROU VOTOS DE PARLAMENTARES; FORNECEU DADOS ESTRATÉGICOS DA AMAZÔNIA AOS IANQUES; DEU DINHEIRO DOS BRASILEIROS PARA RECUPERAR A MÍDIA CONSERVADORA FALIDA; AUMENTOU EM DEZ VEZES A DÍVIDA PÚBLICA) E MUITOS OUTROS CRIMES, OS QUAIS SÃO MAIS DO QUE SUFICIENTES PARA COLOCAR NA CADEIA FHC E TODA A SUA CORJA, JUNTAMENTE COM OS BARÕES MIDIÁTICOS. É necessário que estabeleçamos sim, através da denúncia, a comparação entre o SUCESSO EXTRAORDINÁRIO do Governo Lula e o desastre do desgoverno de FHC, para que todos os brasileiros possam sabê-lo, não sendo manipulados pelas mentiras midiáticas (que tentam vender exatamente o contrário) e essa eleição apresente-se bem claramente à população como a escolha entre continuar a trajetória de crescimento e inclusão que vive o Brasil ou voltar à miséria que os tucanos criaram”.
A verdade é que aqueles, como nós, que defendemos um país melhor para todos e não para uma turminha de privilegiados (FHC, etc. e bando) um artigo irresponsável como esse nos traz de volta as lembranças de administrações irresponsáveis como a dele, com custos desmesurados a nós impostos, em benefício dos mesmos de sempre enquanto ficávamos de mãos atadas afundados na mentira institucionalizada e ainda tem a cara de pau de comparar o governo Lula ao regime militar do qual seu pai foi general, tem dó, né!
O desespero tucano, aliado do DEM (antiga ARENA, depois PDS e PFL), tem a ver com os recursos a eles destinados pela CIA que provavelmente serão reduzidos em função da péssima representação que tem feito dos interesses dos EUA no país, imaginem o “príncipe”, como chamam os puxa-sacos de plantão, fora da mídia por falta de dinheiro para pagar os seus articulistas e editores dos jornais e revistas.
Naturalmente, sem FHC e seu bando vamos cada vez melhor, por isso ao votarmos em 2010 devemos lembrar das mentiras a que estamos sujeitos em razão da mídia mentirosa e defensora dos interesses alienígenas e seus sequazes.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Em defesa do MST.

Manifesto em defesa do MST.

Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais.

As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo. Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra. Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos. Bloquear a reforma agrária Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário desloca-se dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária. Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira. O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais como única alternativa para a agropecuária brasileira. Concentração fundiária A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio. Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no primeiro semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano. Não violência A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária. É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira. Contra a criminalização das lutas sociais Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.
Assine a petição no sítio abaixo:
http://www.petitioonline.com/boit1995/petition.html

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Como identificar um político corrupto.

Várias são as facetas de um político corrupto. As pessoas têm dificuldade de identificá-los por conta da quantidade de informações colocadas pela grande mídia, que tem outros interesses para obscurecer a verdade (ideológicos, economico-financeiros). Vão aí algumas informações para facilitar.
1) Nunca está presente em debates, congressos ou manifestações de algum interesse social.
2) É contra qualquer manifestação do governo em favor dos mais pobres ou discriminados, opositor ferrenho do programa Bolsa Família ou política de quotas, é reacionário.
3) Está sempre do lado dos ricos e dos poderosos.
4) É crítico feroz do marxismo, comunismo, socialismo, anarquismo ou qualquer movimento de interesse social ou que provoque mudanças contrárias aos interesses do capitalismo.
5) É critico feroz do MST, ou qualquer movimento de propriedade para os pobres, por ser proprietário de terras, às vezes, griladas ou com posse violenta. Não importando a ele se os maiores países do mundo fizeram reforma agrária mesmo como necessária ao próprio capitalismo.
6) Está sempre presente em eventos sociais promovidos por “socialites” da moda, aparece nas colunas sociais de jornais, como O Estadão e O Globo.
7) Aparece sempre em programas de televisão sem nenhum conteúdo ou irrelevantes, como Amaury Jr, por exemplo.
8) É figurinha carimbada de revistas criadas para a enaltecer a frivolidade, como Caras, mostrando a sua mansão ou em festas de arromba promovida por milionários em locais paradisíacos.
9) Reforça a opinião de revistas de conteúdo duvidoso, sempre como o grande “qualquer coisa”, defendendo os interesses do capital internacional, contra os interesses do povo, como Veja ou Exame e Época.
10) Muda sempre de partido político, por ser antiético, vale aquele quem dá mais ou o “é dando que se recebe”.
11) Não tem caráter distintivo, não defende nada a não ser seus interesses egoístas e imorais.
12) É exímio criador de factóides sempre para confundir a opinião pública contra outros administradores honestos, beneficiando-se da dúvida gerada, eliminando oponentes para a prática de seus atos ilícitos.
13) Sua fortuna é incalculável, mansões na cidade e na praia, apartamentos em Nova Iorque, Paris, Londres, leva a família, a amante e outros convivas em viagens luxuosas pelo mundo, vive da ostentação, as vezes, não a exibe, mais cedo ou mais tarde, o povo acaba por descobrir.
14) O político corrupto é um camaleão e está sempre disposto a mudar, por isso é difícil reconhecê-lo de imediato, mas uma observação cuidadosa faz com que este seja desmascarado.
15) Quando aparece no Jornal Nacional é mostrado como "pessoa de bem" por defender os interesses "globais" e está sempre a favor da opinião do grupo de corruptos e corruptores.
15) Quando descoberto diz que está sendo pressionado politicamente, pois todas as acusações contra ele são políticas e feitas por inimigos políticos.

16) Às vezes se apresenta como reformador, mas já foi governo e defendeu os interesses do capital internacional privatizando e distribuindo bens do povo para os ricos e continua se dizendo reformador: na verdade é um grande hipócrita.
17) Diz em seu discurso de campanha que vai diminuir os impostos, reduzir o efetivo do funcionalismo público, promete austeridade e ética, proclama que vai aplicar um choque de gestão, quando na verdade vai demitir para contratar empresas que patrocinaram sua campanha e dividir o lucro.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mentiras constitucionais crônicas.

Primeiro, temos de observar, que o presidente eleito de Honduras Manuel Zelaya tem o direito de permanecer presidente até que se eleja legalmente e emposse um novo.
Por mais que a direita internacional se manifeste pela constitucionalidade do golpe, nada justifica o comportamento abusivo do fascismo hondurenho em retirá-lo a força do poder expulsando-o do país.
Pela mídia temos observado as opiniões de pretensos advogados constitucionalistas brasileiros defenderem o golpe militar em Honduras, baseados na mentira de que a constituição daquele país assim o permite.
Fazem as mais variadas alegações fundadas em artigos constitucionais que permitiriam um comportamento tão extravagante, tirarem o presidente legalmente eleito de sua cama, na madrugada, sob a mira de armas, colocando-o em um transporte clandestinamente, expulsando-o para o país mais próximo.
A defesa de uma teoria conspiratória dessa magnitude faz com que percamos a crença nas avaliações desses circunspetos e analíticos donos da verdade constitucional. Imaginem! Professores eméritos de direito constitucional em universidades de alto nível! Coitados dos alunos!
Por mais necessárias que fossem, a defesa ideológica dessas mentiras nos faz pensar em tudo que temos sofrido neste país tão desigual, onde políticos desonestos tem se apoiado nessas mesmas mentiras, há décadas, para se perpetuarem no poder suplementados com dinheiro tirado dos pobres, das crianças e velhos, jogando-os na miséria crônica por gerações.
Para construir as hipóteses estapafúrdias, montam um circo sob uma cobertura de bolha de sabão, esquecem a essência do direito, criada para o bem da democracia e da verdade com o título de “Princípio do devido processo legal”, este princípio descerra o absoluto e universal “Princípio do contraditório e da ampla defesa”, condições que na falta deles ninguém poderá ser condenado e muito menos julgado, pela simples necessidade de controle do poder estatal sobre o cidadão, exercício de direito negado ao presidente Manuel Zelaya.
A violência sofrida pela inobservância de tão importante princípio trouxe resultados terríveis para toda América Latina, lembranças de irresponsáveis interferências da CIA no processo político de países como Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e recentemente na Venezuela, apoiados por falsos cidadãos pagos pelo Estado e lustrados pelos traiçoeiros constitucionalistas de plantão, todos a soldo do capital internacional, que tanto atraso traz a todos nós.
A esses hipócritas, cuja consciência não dói, que rasgaram a constituição brasileira a qual prometeram defender ao abraçarem o Direito, resta o desprezo, o repúdio e a expectativa de um fim bem próximo, caminho lógico para o esquecimento.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Como se cria dinheiro.

Ninguém é mais escravo do que aquele que falsamente se acredita livre (Goethe)


O exemplo fornecido, compilado pelo The Zeitgeist Project, descreve o modelo norte-americano de criação do dólar americano pelas normas estabelecidas dentro da sistemática do banco central dos EUA, de acordo com os procedimentos do Federal Reserve, nada mais de que um banco particular dono do dinheiro do mundo todo, embora com o expressivo nome “Federal”, pertence a três bancos: o Bank of América, Citibank e J.P. Morgan, portanto, uma empresa bancária com a finalidade de defender o interesses deles, os banqueiros internacionais, assim, não espere consideração.
Há alguns anos atrás, o banco central dos EUA, o Federal Reserve, criou um documento chamado “Mecânica Monetária Moderna” (Modern Monetary Mecanics).
Esta publicação detalhava a prática institucionalizada de criação do dinheiro como é utilizada pelo FED.
Na Página de abertura o documento afirma seu objetivo: “o propósito deste livreto é descrever o processo básico de criação do dinheiro em um sistema bancário de reservas fracionadas”.
Ele então descreve esse processo de reservas fracionadas por meio da terminologia bancária diversa cuja tradução seria algo assim: o governo americano decide que precisa de dinheiro. Então ele fala com a RF e pede, digamos 10 bilhões de dólares; o RF responde: “Claro, vamos comprar 10 bi de títulos da divida pública (bonds) de vocês”.
Aí o governo pega alguns papeis, coloca símbolos neles, que os fazem parecer oficiais, e os chama de títulos do tesouro.
Ele atribui a esses papeis o valor de US$ 10 bi e os envia ao RF.
Em troca, o pessoal do RF imprime uma quantia de papeis deles próprios, só que desta vez, com o nome de notas da RF.
Também atribui valor de US$ 10 bi a esses papeis; a RF pega as notas e as troca pelos títulos. Assim, a transação é concluída o governo pega os 10 bi em notas da RF e deposita em uma conta bancária.
E com esse deposito as notas de papel passam oficialmente a ter valor adicionado de 10 bi ao suprimento monetário dos EUA.
E, aí está! Foi criado 10 bi novinhos em dinheiro.
Claro, o exemplo é mera generalização, pois na realidade essa transação ocorreria eletronicamente sem o uso de papel nenhum.
Na verdade, só 3% do suprimento monetário dos EUA existem em moeda física, os outros 97% existem somente em computadores.
Então, títulos públicos são, por definição, instrumentos de endividamento e quando a RF compra esses títulos com dinheiro criado basicamente do nada, o governo na verdade está prometendo devolver esse dinheiro a RF.
Em outras palavras, o dinheiro foi criado a partir de uma divida.
Esse paradoxo estarrecedor de como o dinheiro ou o valor a ele correspondente pode ser criado ou uma responsabilidade. Isso ficará mais claro na medida em que formos avançando nesse exercício.
Bem, a troca foi realizada e agora 10 bi estão em uma conta bancária comercial.
Aqui é onde isso fica interessante, já que, com base na pratica de reservas fracionadas esse deposito de 10 bi tona-se instantaneamente parte das reservas do banco, como todo deposito.
E, no que se refere a exigência de reservas, como está no livreto “Mecânica Monetária Moderna”, “um banco deve manter reservas legalmente exigidas equivalentes a uma porcentagem definida de seus depósitos”.
Isso é quantificado, quando se afirma que: “pelas normas vigentes a reserva exigida para a maioria das contas correntes é de 10%”.
Assim, dos 10 bi depositados, 10% ou 1 bi, é guardado como reserva exigida enquanto os outros 9 bi são considerados excedentes da reserva e podem ser usados como base para novos empréstimos.
O lógico seria presumir que esses 9 bi estão literalmente, saindo do depósito existente de 10 bi, porém, esse não é o caso, o que ocorre é que os 9 bi são cirados a partir do nada sobre o deposito existente de 10 bi.
É assim, que o suprimento monetário é expandido, como é afirmado no Modern Monetary Mecanics.
Naturalmente, eles, os bancos não saldam os empréstimos do dinheiro que recebem como depósitos, se isso fosse feito, nenhum dinheiro adicional seria criado.
O que eles fazem ao realizar empréstimos é aceitar notas promissórias “contratos de empréstimos” em troca de créditos “dinheiro”, para as contas correntes de quem toma os empréstimos.
Em outras, palavras, os 9 bi podem ser criados do nada, simplesmente, porque existe uma demanda por tal empréstimo e porque existe um deposito de 10 bi que atende às exigências de reserva de 1%.
Agora vamos imaginar que alguém entre nesse banco e tome emprestado os 9 bi recém disponibilizados.
Eles provavelmente vão pegar esse dinheiro e deposita-lo em sua própria conta bancária.
O processo então se repete, já que esse deposito se torna parte das reservas do banco, 10% é isolado e em seguida 90% dos 9 bi, ou, 8,1 bi tornam-se dinheiro recém-criado disponível para mais empréstimos.
E, claro, esses 8,1 podem ser emprestados e depositados novamente criando mais 7,2 bi, mais 6,5 bi, mais 5,9 bi, etc.
Esse ciclo de criação do dinheiro pode se tornar infinito.
O cálculo médio é de cerca de que 90 bi pode ser criado a partir de 10 bi.
Em outras palavras: para cada depósito que é feito no sistema bancário, pode-se criar nove vezes esse valor a partir do nada.
Considerando a criação do dinheiro como valor único, não há espaço para a cobrança de juros, sem que, alguém perca dinheiro em favor de outro.
Se, hipoteticamente, criando 100 e fracionando esse valor em 100 notas de 1 como empréstimo, não há como tirar daí juros para que alguém pague a outrem, sem que uma das pessoas beneficiadas com uma nota de 1, ou fração dela, perca a posse do dinheiro para outro e, assim, este pague juros a um terceiro.
Observa-se daí a falência do sistema, pois o que parece justo, ou seja, pagar juros por um empréstimo ou por algo que se esta comprando à prazo, na verdade causa prejuízo direto a outro que não faz parte da negociação pela perda da posse do dinheiro na forma de juros.
Com a criação de dinheiro virtual (contábil) prorroga-se a imediatidade da tomada do valor, que vai se acumulando até que alguém, uma empresa ou um governo transfira para o sistema bancário a dívida criada pelos juros em prejuízo de uma pessoa, um grupo ou de toda a sociedade, fazendo com que os banqueiros fiquem cada vez mais ricos e a população mais carente e endividada.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A natureza e o capitalismo.

Alguém ou algumas pessoas podem ter se aproveitado das idéias de renascimento dos mortos, da ascensão ao reino dos céus e da prática de milagres e, a partir daí, ter começado a surgir nos registros históricos fatos com esse tipo de informação.
Não, porque uma vez pesadas as evidências, há uma grande probabilidade da figura conhecida como Jesus nunca ter existido, em momento nenhum da história da humanidade.
“O cristianismo é uma paródia à adoração do sol, onde colocaram um homem chamado Jesus em seu lugar e começaram a dedicar a esse homem a mesma devoção que dedicavam ao sol”. Thomas Paine – 1737/1809.
Nós não queremos ser indelicados mas, temos de ser factuais.
Não queremos magoar sentimentos de ninguém, mas queremos ser academicamente corretos naquilo que compreendemos e sabemos verdadeiro.
O cristianismo, simplesmente, não é baseado em verdades.
Consideramos que o cristianismo foi apenas uma história romana, desenvolvida politicamente para preservar interesses políticos e econômicos.
A realidade consiste em que Jesus foi à divindade solar gnosticista cristã e tal como outros deuses pagãos, era uma figura mítica.
Foi sempre o poder político que procurou monopolizar a figura de Jesus para o controle social.
Por volta de 325 DC, em Roma, o imperador Constantino reuniu o Concílio Ecumenico de Nicéia e foi durante essa reunião que as doutrinas políticas com motivação cristã foram estabelecidas e assim, começou uma longa historia de derramamento de sangue e fraude espiritual e nos 1600 anos que se seguiram, o Vaticano, dominou politicamente a Europa conduzindo-a a um período de obscurantismo por meio de eventos, como as cruzadas e a santa inquisição, onde o conhecimento era privilégio apenas da igreja.
O cristianismo, bem como, todas as crenças teístas são a fraude da era.
Serviu para afastar os seres humanos do seu meio natural e da mesma maneira, uns dos outros.
Sustenta a submissão cega do ser humano a autoridade.
Reduz a responsabilidade humana sob a premissa de que Deus controla tudo e, que por sua vez, os crimes mais terríveis são justificados em nome da perseguição divina.
“A religião não pode consertar a humanidade, porque a religião é escravidão”. Robert G. Ingersol.
E o mais importante, dá o poder aqueles que sabem a verdade e usam o mito para manipular e controlar a sociedade.
O mito religioso é o mais poderoso dispositivo jamais criado e serve como base psicológica para que outros mitos floresçam ou o justifiquem.
Um mito é uma falsa idéia que é amplamente seguida.
Aprofundando no contexto religioso, um mito opera como uma história que guia e mobiliza os povos.
O essencial não está na credibilidade da história, mas sim na forma como ela funciona.
E uma história não funciona se não tiver uma comunidade ou nação que acredite nela.
Nunca será matéria de debate o questionamento da veracidade da história sagrada.
Os guardiões da fé nunca participarão de um debate com publico sobre religião.
Os questionadores serão ignorados ou denunciados como hereges e blasfemos.
Assim, permanecerá o sobrenatural como forma de controle social.

A agenda capitalista.

PlanosDocumento elaborado pelo BC afirma que alguns bancos podem se tornar insolventes se o STF confirmar os argumentos de poupadores que brigam na Justiça contra as perdas geradas pelos planos econômicos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2. O memorial foi protocolado no STF e, depois, entregue pessoalmente pela cúpula da equipe econômica aos ministros da Corte. Os dados do BC mostram que as perdas para os bancos somariam R$ 105,9 bilhões, o equivalente a 65% do patrimônio líquido dessas instituições ou 3,6% do PIB. O assunto é destaque nas páginas do Estadão de hoje.
http://www.migalhas.com.br/mig_amanhecidas.aspx?data=18/6/2009&cod=87041&tipo=C&op=C

Exemplo importantíssimo do que se pode chamar "ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA", bancos bilionários, estrangeiros principalmente, apossam do patrimônio do povo e, assim, constroem riqueza com o que não lhes pertencem, contando com a conivência de governos corruptos (José Sarney, Collor, FHC - governos que patrocinaram o FMI e o Banco Mundial, cumprindo a agenda econômica por eles determinada).

Agora, naturalmente, para que os pobres continuem pobres e os miseráveis cada vez mais míseros, manteremos a situação da maneira que está, ou seja, deixem o dinheiro com os bancos que eles sabem o que fazer - multiplicar a miséria - pois, se derem para os pobres eles podem resolver comer mais e melhor e a partir daí começarem a pensar.

A sétima classe.

O Mundo já possui mais de 6 bilhões de habitantes.
Para efeito geográfico e didático é dividido em continentes e países.
Teoricamente, cada País é independente e livre para adotar as medidas que mais atendam aos seus interesses.
Esta é a impressão que tentam nos passar nas escolas, livros, jornais e todo tipo de comunicação, ao longo de nossas vidas através de belos mapas coloridos e Constituições cheias de remendos literários e gramaticais para confundirem aos que só sabem assinar o nome.
Segundo nossa ótica, o Mundo é dividido em 6 grupos sociais: dominantes, dominadores, definidos, dominados, desesperados e desalmados.
Vamos conhecer um pouco das características de cada uma destas classes que estão espalhadas pelo planeta.

1 - Dominantes – classe constituída por quase 2.000 pessoas. São os donos do Mundo, pois são proprietários de todas as riquezas (convencionadas por seus antepassados) disponíveis. Donos das grandiosas fortunas oriundas da venda de armas, petróleo, remédios, bancos, aviação, lavagem de dinheiro e outras atividades menos votadas, mas rendosas. Só não possuem ânimo para lapidar suas riquezas. Por isto, precisam das classes inferiores para o trabalho pesado e sujo. Através de barganhas, exercem o Poder sobre as demais pessoas, devidamente doutrinadas ao longo de gerações a acreditarem que este é o processo de vida que as farão felizes. Patrocinam diversas linhas religiosas e filosóficas, que colocam em moda quando se fazem necessárias. Os senhores da Terra, sabem explorar bem, a vaidade e a ganância dos pobres de espírito. Criaram um mecanismo de controle de tal forma que não surja nenhum novo líder autêntico, com idéias tolas sobre liberdade e igualdade. Quando tal elemento desponta, seja de que classe for, tentam traze-lo para uma escala acima, oferecendo-lhe algumas mordomias. Se o sujeito for intransigente, armam alguma situação para desmoralizá-lo ou arranjam um acidente aéreo ou outro qualquer, para sumir com o mesmo. Esses elementos definem os rumos de nossas vidas. Possuem a percepção adequada para vislumbrar algum tipo (ainda que leve) de perigo que possa colocar em risco suas posições no planeta. Se necessário, fabricam uma guerra em grande escala para salvar seus interesses (ou mesmo movimentar altas cifras). Conforme o caso apelida o holocausto de fatalidade. Habilmente, massificam as populações, determinando quem foram os vilões e heróis do passado, nos quais devemos nos espelhar ao longo de nossas vidas para servi-los sempre com um sorriso nos lábios. Depois colocam a culpa na cultura de um determinado povo para explicar os tempos de sofrimento que seus subalternos terão de suportar. Divertem-se jogando xadrez, onde o tabuleiro é a Terra e o resto da população representa as peças menores do jogo. São bem organizados em grupos que controlam os elementos que definiram como básico para a existência dos demais, tais como: combustíveis, comunicações, transportes, diversões, minerais e outros supérfluos que nunca foram obstáculos para a existência da Humanidade nos primórdios. Jamais exercem cargos públicos. Eventualmente aparecem em revistas por terem praticado alguma boa ação em prol de alguns necessitados, gerados por alguma experiência atômica patrocinadas pelas raposas que agora oferecem alimentos e cobertas às suas cobaias. Não possuem residência fixa. Possuem várias propriedades em volta do Globo, iates e aviões, para se mudarem junto com as estações do ano. Controlam as taxas mundiais de juros bem como as taxas cambiais, regulando importações e exportações entre as nações, objetivando a manutenção ou derrubada de alguns governos que repentinamente se acham em condições de enfrentá-los. Esta classe é popularmente conhecida como forças ocultas.

2 - Dominadores – parcela constituída por 200.000 a 300.000 elementos vaidosos. São os que se tornam grandes personalidades públicas em seus países, exercendo funções de: Presidente, Vice, Aspone, Deputados, Governadores, Senadores, Ministros, Presidentes de Estatais, líderes espirituais e até mesmo Ditadores, se assim for conveniente aos Dominantes. Por falha no processo de lavagem cerebral, alguns países não se subjugam de imediato às ilusões de possuírem bens materiais - isto obriga a adoção de medidas mais enérgicas para dominá-los. Quando calmos e devidamente instruídos, são libertados por um grande patriota fabricado, que a seguir é eleito como Presidente da nova nação livre. Ou então, os ditadores são mantidos para substituírem manchetes garrafais em jornais quando algum escândalo vier à tona por engano. A função desta classe é conduzir os elementos sob sua tutela, a seguirem os caminhos definidos pelos Dominantes. Eventualmente, são guindados à classe superior, depois de 20 ou 30 anos de bons serviços prestados ou pelo fato de um herdeiro seu se casar com algum elemento da classe acima. São os que escrevem as Leis (rascunhadas pelos Dominantes) que deverão ser obedecidas pelos habitantes de suas regiões (mas não pelos elaboradores, que adquirem imunidades). São os que assinam os documentos (lícitos ou não). Sabem que um dia poderão ser sacrificados (moral ou fisicamente) se a situação ficar inconveniente aos seus superiores. Não contestam as determinações da classe acima. Se for preciso, vendem suas almas para se manterem nas boas graças de seus superiores. Alguns não se preocupam em esconder seus espíritos carrascos atrás de uma bela máscara de bom pastor.

3 - Definidos - são os milhares de elementos que ocupam os escalões de governo. Neste universo também vivem os grandes gerentes de empresas de grande porte, fazendas médias, algumas indústrias, firmas comerciais, bancos, empresas de ônibus, segurança, alimentação, postos de comandos militares e entidades do gênero. Alguns possuem parentes na classe acima ou se tornaram elementos de alta confiança por parte de quem permitiu a eles, ter um padrão razoável de vida. Regularmente um destes elementos é lembrado desta bondade por parte de seus protetores. Ficam encarregados de conviver no meio da plebe, sempre atentos a qualquer situação que possa incomodar às classes superiores. Precisam ser criativos no sentido de inventar idéias que façam a classe inferior trabalhar para as classes acima, na ilusão de que estão melhorando sua qualidade de vida. Eventualmente, um entre 10 milhões consegue tal objetivo (devidamente armado por mentores), para reforçar a propaganda de que tal fato pode acontecer com todos que se esforcem e que não enxergam a pirâmide de parasitas que sustentam com seu suor e sangue ao longo de suas vidas. São encarregados de bolar grandes mecanismos de arrecadação de valores, tipo: loterias, 0900, copa mundial de qualquer esporte, paredões, campanhas de doações “fraternais” e similares.

4 - Dominados – parcela formada por 85 % da população. Dentro deste universo, reside a verdadeira força de trabalho, inclusive jovens que deveriam estar se preparando melhor, mas são pressionados pela miséria a se tornarem sofredores mais cedo em troca de migalhas. Foram bem doutrinados e se contentam em trabalhar por baixos salários, desde que tenham à sua disposição, poucas regalias. No caso dos latinos, bastam os seguintes itens: futebol, carnaval, cerveja, praia e novela de TV. Foram educados para a competição selvagem, apelidada de Democracia econômica pelos Dominantes que aboliram a escravidão física há dezenas de anos, pois neste sistema, tinham de efetuar altos gastos para manter a estrutura de aprisionamento e vigilância. Tal situação ajuda no esquecimento das atitudes básicas de civilidade e cidadania. Passaram a achar normal prejudicar um segmento da pobre população, desde que a ação tomada seja benéfica para um grupo mais poderoso, ou seja, aumento de mordomia para as classes superiores. Uma grande parte desta classe, já beira o nível dos desesperados. Não reclamam nem agem em defesa de seus direitos, pois são doutrinados a imaginar que poderão mudar o rumo de suas vidas com algum esforço (ou seja, fazer o papel de lacaio em silêncio) e dentro de alguns anos, se transformar num vitorioso empresário da Sociedade. Vivem num estado de conformismo e letargia, numa analogia com a síndrome do sapo fervido. Se um elemento deste nível se destaca em defesa dos interesses da alta classe, tem 90 % de chances de passar a integrar o time dos definidos. Em caso de falhas sucessivas, certamente será jogado na vala dos desesperados.

5 - Desesperados – turma composta pelo que sobrou. Seus elementos são os que exercem as atividades de pior remuneração, ficam desempregados por enormes períodos, tornam-se mendigos, ratos de praia, punguistas, estelionatários, traficantes, trabalhadores de minas, agentes sanguinários e coisas piores. Não possuem nenhuma chance de melhorar sua forma de sobreviver. São mantidos vivos para que os integrantes da classe de dominados pensem que suas vidas são razoáveis, pois existem outros em pior situação, na qual não desejam mergulhar. Assim não se empenham em se rebelar em defesa de seus direitos à uma existência melhor e permitem que os parasitas da humanidade continuem sugando suas forças lentamente.

6 - Desalmados – classe composta por elementos desajustados, normalmente oriundos da classe de desesperados (mas existem alguns poucos das demais). Vivem para fazer o mal por prazer. Regularmente, as 3 primeiras classes se aproveitam desta anomalia e “contratam” seus serviços para afastar desafetos de seus caminhos através de sabotagens e terrorismo. Quando estão de “folga”, arquitetam ações prejudiciais gratuitas às pessoas que eventualmente contrariem seus desejos. Apesar de serem poucos, conseguem resultados em suas investidas, pois adquirem armas com certa facilidade, contam com os fatores de surpresa e anonimato e são “protegidos” por advogados pagos por quem tem interesse em manter esta turma na ativa. São cultivados vivos e livres para que as “impressões digitais” de ações perpetradas pela 1ª. classe não sejam expostas à sociedade. Servem de bodes expiatórios nos casos de sabotagens e terrorismos que acontecem com certa freqüência, quando interesses comerciais não são resolvidos pelas vias diplomáticas (ou vias de suborno). São sacrificados quando oferecem perigo de fornecer documentos e os nomes dos mentores das ações criminosas contra a humanidade.
A tendência de mudar tal quadro é remota, pois a estrutura no momento está forte e rende altos dividendos na "indústria" do caos com a venda de "soluções" não duradouras e necessariamente substituíveis para obrigarem a volatilidade do capital pirata que gira no mundo sem pátria definida. A única chance de melhorarmos tal cenário é o fortalecimento da 7a. classe, que alguns acreditam ter sido exterminada pela poluição da hipocrisia que nos envolve, mas ainda possui alguns adeptos espalhados pelo Mundo ainda que com parcos recursos. É a classe dos Defensores. Resta-nos saber se temos tempo suficiente para estruturá-la a ponto de usar corretamente os recursos para combater a fome insaciável dos abutres que destroem o meio ambiente (e o inteiro também) em nome de uma efêmera riqueza que perderá todo o sentido após a devastação global.
Escrito em 2001 após a queda das torres gêmeas. Uma atmosfera típica de mistérios que envolvem os segredos do clube de Bilderberg dissecado por Estulin. (Anônimo pela Internet)

O envenenamento silencioso.

"Será uma ilusão tão grande e tão vasta que ela escapará da percepção deles".
"Aqueles que virem isso serão tidos como insanos.
Criaremos frentes separadas de atuação para evitar que eles vejam a conexão existente entre nós.
Comportar-nos-emos como se não estivéssemos conectados, para manter viva a ilusão.
Nosso objetivo será alcançado gota a gota, para nunca suspeitarem de nós.
Isso também evitará que eles vejam as mudanças à medida que ocorrerem.
Estaremos sempre acima do campo relativo da experiência deles, pois nós sabemos os segredos do absoluto.
Trabalharemos sempre juntos e permaneceremos ligados pelo sangue e pelo segredo. A morte virá para aquele que falar.
Nós manteremos suas vidas curtas e suas mentes fracas, enquanto fingimos ao contrário.
Usaremos nossos conhecimentos de ciências e tecnologia de forma sutil, para que eles nunca vejam o que está acontecendo.
Usaremos metais suaves, aceleradores de idade e sedativos nos alimentos e na água, e também no ar. Eles estarão cobertos de veneno em todas as direções que se voltarem.
Os metais suaves irão causar a eles a perda de suas mentes.
Prometeremos a cura em muitas frentes, no entanto, nós iremos alimentá-los com mais veneno.
Os venenos serão absorvidos pelas suas peles e bocas, levando-os a destruir suas mentes e sistemas reprodutivos.
De tudo isso seus filhos nascerão mortos e nós iremos esconder essa informação.
Os venenos estarão escondidos em tudo que os cercam, no que eles comem, bebem, respiram e vestem.
Precisamos ser espertos na disseminação dos venenos, pois eles veem longe.
Nós ensinaremos a eles que os venenos são bons utilizando imagens engraçadas e músicas bonitas.
Aqueles que eles procurarem irão ajudar. Nós os alistaremos para repassarem os nossos venenos.
Eles verão nossos produtos sendo usados em filmes e crescerão acostumados com eles e nunca saberão os seus verdadeiros efeitos.
Quando eles nascerem injetaremos venenos nos sangue de suas crianças e os convenceremos que é para ajudá-las.
Começaremos bem cedo, quando suas mentes estão jovens e nós visaremos suas crianças com o que as crianças mais amam; coisas doces.
Quando seus dentes estragarem nós os encheremos de metais que irão matar suas mentes e roubar seus futuros.
Quando a capacidade deles de aprender for afetada, nós criaremos medicamentos que tornarão mais doentes e que causarão outras doenças, para as quais criaremos ainda mais medicamentos.
Faremos com que eles sejam dóceis e fracos perante nós, usando o nosso poder.
Eles crescerão com depressão, devagar e obesos e quando vierem pedir ajuda, lhes daremos mais venenos.
Focalizaremos a atenção deles para o dinheiro e bens materiais, de tal forma que eles nunca possam conectar-se com seu eu interno.
Os distrairemos com fornicação, prazeres externos e jogos, tal que eles nunca possam ficar um com a unicidade do todo.
Suas mentes nos pertencerão e eles farão o que mandarmos.
Se eles recusarem, iremos encontrar modos de implementação de tecnologias de controle mental em suas vidas. Usaremos o medo como nossa arma.
Nós imporemos seus governos e estabeleceremos oposição dentro deles, controlaremos ambos os lados.
Nós iremos sempre esconder nosso objetivo, mas levaremos adiante o nosso plano.
Eles trabalharão para nós e prosperaremos com o trabalho deles.
Nossas famílias nunca se misturarão com as deles.
Nosso sangue precisa manter-se sempre puro, pois esse é o caminho para não sermos contaminados pelos nossos próprios venenos.
Nós os faremos eles se matarem entre si.
Nós os manteremos separados da unicidade através do dogma e da religião.
Nós controlaremos todos os aspectos da suas vidas e diremos a eles como e o que pensar.
Nós os guiaremos bondosa e gentilmente, os deixando pensarem que estão guiando a si mesmos.
Fomentaremos a animosidade entre eles por meio de nossas facções.
Quando uma luz brilhar entre eles, nós iremos extingui-la usando o ridículo ou a morte, o que nos for melhor.
Iremos fazer com que rompam os próprios corações e matem suas próprias crianças. (incerteza na educação, opiniões diversas e incoerentes entre si, apelo a diversidade de opiniões, contraditando preceitos antigos arraigados na educação descendente)
Conseguiremos isso usando o ódio como aliado a raiva como nossa amiga.
O ódio irá cegá-los totalmente e nunca verão que, de seus conflitos, nós emergiremos como seus governantes.
Eles estarão ocupados se matando.
Eles se banharão em seu próprio sangue e matarão seus vizinhos durante o tempo em que acharmos conveniente.
Nós nos beneficiaremos muito desse fato, pois eles não nos verão, já que eles não conseguem nos ver.
Continuaremos a prosperar devido as suas guerras e suas mortes.
Repetiremos isso sem cessar, até que o objetivo final seja alcançado.
Usaremos as ferramentas que dispomos para isso.
As ferramentas serão fornecidas pelo próprio trabalho deles.
Faremos com que odeiem entre si e odeiem seus vizinhos.

Este texto extremamente inquietante, trás um alerta de que é possível fazermos algo pela natureza.
E dessa forma, precaver-nos e aos nossos filhos e netos dos riscos da sociedade de consumo que nos tem consumido por meio da alienação.
As pessoas estão obcecadas pelo consumo e pelo trabalho desprendendo-se das coisas realmente importantes.
Comercializados desde a 1920, o DDTs, ou dicloro difenil tricloroetano, foi sintetizado em 1874.
Todos os anos registram-se, no mundo, mais de 300 milhões de casos de contaminação, dos quais, 1 milhão resulta em morte.
A fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, comercialização ou uso do DDT foi proibida no Brasil pela Lei 11.936 de 14 de maio de 2009.
Acumula-se na cadeia alimentar, causando alterações genéticas e dificuldades de aprendizado, altera a produção hormonal e desregula o sistema nervoso e reprodutivo.
Considerado cancerígeno humano.
E o BCPs, ou bifenilos policlorados, sendo usado largamente em transformadores e condensadores, trocadores de calor, sistemas hidráulicos, óleos industriais, tintas, adesivos, plásticos, retardadores de chama e mesmo em estradas como controladores de poeira.
Fabricados nos EUA de 1930 a 1970, período em que foram comercializados mais de um bilhão de quilos.
A maior parte dos países proibiu sua produção nos anos 70, mas há enormes quantidades em circulação.
Calcula-se que dois terços do que foi produzido continue em uso ou no meio ambiente: de forma controlada, ou não.
Virtualmente, todas as pessoas têm PCB acumulado nos seus corpos.
A exposição crônica, mesmo em baixas concentrações, pode causar dano no fígado, disfunções reprodutivas, debilidade no sistema imunológico, desordens endócrinas e neurológicas, além de desenvolvimento infantil.
Os PCBs causam efeitos profundos no desenvolvimento intelectual.
É considerado um cancerígeno humano provável.
É importante lembrar, que toda vez que são usados produtos químicos para combater doenças, esses matam não só os insetos vetores, como também, seus predadores naturais, pássaros e outros predadores naturais, aumentando o desequilíbrio ecológico.
Na Convenção de Estocolmo, sobre poluentes orgânicos persistentes, foi criado um grupo de especilistas, com base em estudos científicos, identificaram 12 produtos químicos de alto risco para a saúde e o meio ambiente, dentre eles: aldrina e dieldrina, endrina, clordano, heptacloro, DDT, toxafeno e mirex; hexaclorobenzeno e PCBs;
dioxinas e furanos.
Os produtos químicos tóxicos são, hoje, o que os vírus foram cem anos atrás – a fonte oculta da maioria das doenças. Hoje, estamos tão imersos em produtos químicos no nosso dia-a-dia, que alguns dos males mais recentes — síndrome do edifício doente, sensibilidade múltipla a químicos — devem seus nomes a eles".


Uma praga deste século

Lynne McTaggart

Se alguma coisa mudou a natureza de nossa saúde nos últimos 30 anos é a praga de novos produtos químicos que nos cercam, em nossos lares, em nosso ar, em nossa água, em nossos alimentos — ou seja, em praticamente tudo que usamos na vida moderna. Os produtos químicos tóxicos são, hoje, o que os vírus foram cem anos atrás – a fonte oculta da maioria das doenças. Hoje, estamos tão imersos em produtos químicos no nosso dia-a-dia, que alguns dos males mais recentes — síndrome do edifício doente, sensibilidade múltipla a químicos — devem seus nomes a eles.
Os pesticidas não são usados somente nas lavouras e nos jardins. Os serviços públicos pulverizam várias áreas recreativas com pesticidas — parques, campos de golfe, praças —, para que o gramado fique mais bonito.
Dentro de casa, a sobrecarga de produtos químicos é ainda maior. Nos últimos 30 anos, muitos materiais e produtos químicos novos fabricados pelo homem chegaram aos nossos lares. Um estudo da Agência Americana de Proteção Ambiental comparou a poluição dentro e fora de casa e concluiu que as pessoas pesquisadas respiravam de duas a cinco vezes mais produtos químicos nocivos à saúde dentro de casa do que no jardim — mesmo vivendo em cidades altamente poluídas.
Encabeçando a lista de produtos químicos que transformam o ar que respiramos dentro de casa em uma virtual sopa química estão os compostos orgânicos voláteis, derivados petroquímicos encontrados em praticamente todos os materiais de construção e decoração — tintas, carpetes, compensados, painéis de madeira, muitos tecidos e adesivos. À temperatura ambiente, esses produtos químicos exalam lentamente vapores tóxicos. Só os carpetes podem conter mais de 120 produtos químicos quando adicionamos pesticidas, rodenticidas, retardantes de fogo, repelentes de manchas, produtos antiestáticos, colas, corantes e outros que os tornam mais duráveis e fáceis de limpar.
E não podemos esquecer os produtos químicos tóxicos que fazem parte do nosso arsenal de higiene pessoal. Um simples frasco de xampu pode conter um coquetel de 10 ou mais químicos tóxicos, como o laurilsulfato de sódio — em pastas de dentes e na maioria dos sabonetes e xampus —, que é um detergente utilizado para limpar motores industriais.
Apesar da crescente comprovação de que produtos químicos estão fazendo muitas pessoas ficarem doentes, o sistema médico insiste em afirmar que os micróbios são a única fonte de doenças e considera qualquer outro problema imaginação fértil. Foi esta a conclusão a que chegou o relatório do Royal College, emitido em 1996, sobre a síndrome da fadiga crônica e a sensibilidade múltipla a químicos.
Para entender as doenças degenerativas mais desconcertantes do Século 20, como esclerose múltipla, câncer ou AIDS, a medicina moderna precisa livrar-se da noção de que todas as doenças têm uma única causa e começar a pensar em termos de sobrecarga tóxica.
Embora muitos estudos científicos excelentes provem que os produtos químicos podem prejudicar a saúde, a questão é saber exatamente como isto acontece. Simplesmente examinando sua composição molecular, não há como determinar, por exemplo, se um produto químico rompe hormônios.
Um problema ainda maior é o efeito combinado dessas substâncias. Sabemos agora que o efeito combinado de dois ou três pesticidas, em níveis baixos, encontrados na maioria dos ambientes modernos, aumenta em até 1.600 vezes o efeito de cada um dos produtos químicos usados isoladamente. Isso deveria ser suficiente para testar os produtos químicos em combinações. Mas, como mostra a publicação Rachel’s Environment & Health Weekly, de 13 de junho de 1996: "Para testar apenas os 1000 produtos químicos tóxicos mais comuns em combinações de três, seria necessário fazer no mínimo 166 milhões de experimentos. Mesmo que cada experimento durasse apenas uma hora e 100 laboratórios trabalhassem 24 horas por dia, sete dias por semana, testar todas as possíveis combinações tri plas de 1000 produtos químicos levaria mais de 180 anos."
Essa constatação impressionante exige que todos nós protestemos mais alto contra a indústria para evitar o uso de todos os produtos químicos que não tenham sido amplamente pesquisados. Devemos insistir que, antes de comercializá-lo, os fabricantes tenham a responsabilidade de provar que um produto químico não é nocivo à saúde. O que acontece agora é que a maioria dos produtos químicos é considerada inocente até que se prove sua culpa.
E, o que é mais importante, não podemos mais permitir que a tríade mortal dos conglomerados médico, farmacêutico e químico continue alegando que o início de uma ampla epidemia ambiental só existe em nossas cabeças — uma alegação que lhes permite saírem ilesos.
_____Fonte: The Ecologist, Vol 30, nº 5, julho/agosto 2000

A irresponsabilidade capitalista.

A inconseqüência do desgoverno capitalista chegou ao limite da incompetência ao produzir um desfalque mundial, com base no modelo desenvolvido a partir de 1930 apoiados nas teorias de Haiek e incorporado ao mundo pelos títeres Ronald Reagan e Margareth Tatcher na década de 80.
Na tentativa de sugar as últimas esperanças do mundo ao levar a cabo o modelo neoliberal, que globalizou a economia sob o pretexto de que seria melhor para todos e de que todos os países pobres iriam lucrar juntamente com o primeiro mundo, vendendo a ilusão do consumismo exacerbado, como padrão ideal de comportamento na direção dos avanços da tecnologia, como se esta resolvesse todas as mazelas sociais, inclusive as questões morais e éticas.
O pior é que, embora o atual governo tenha providenciado todos os meios econômicos para evitar qualquer crise reorientando o mercado exterior para uma menor dependência dos mercados financeiros mundiais, ou seja, mesmo “fazendo a lição de casa”, como sempre dizem aos nossos governos, mesmo assim, somos vitimados pela irresponsabilidade da elite financeira multinacional com conseqüências ainda imprevisíveis, devido à extensão do malefício causado e a confusão financeira gerada, provavelmente, com a finalidade de mover o mundo para um novo modelo econômico no qual novamente seremos as vítimas.
Ao lembrar Celso Furtado, quando comentou sobre a privatização do lucro e socialização do prejuízo, o presidente antecipou a informação de como os banqueiros e rentistas pretendem que se resolva a questão, ou seja, meta-se a mão no bolso do cidadão honesto e trabalhador para o resgate do patrimônio dos barões das finanças.
O evento econômico causado pelo “mercado” e sua a mão invisível regulamentadora, destruiu a economia e a esperança de países criados pela poupança de seus cidadãos, pelo trabalho com muito sangue, suor e luta para que fosse manipulado pelos ladrões de paletó e gravata com a única preocupação de acumulação de riqueza absolutamente inútil, levando a miséria bilhões de pessoas no mundo todo, em um furto de 10 trilhões de dólares, simplesmente, para ostentarem junto aos outros irresponsáveis, qual deles tem a maior e inútil fortuna.
Pessoas com esse entendimento da realidade deveriam ser expulsas da sociedade, pessoas com esse desvio de caráter deveriam ser levadas aos manicômios para tratamento e lá esquecidas, pessoas como essas que deveriam povoar as cadeias, pois para que serve ganhar ou guardar em ativos financeiros importâncias valoradas em milhões de dólares, qual a finalidade de tal desejo incompreensível de riqueza em desfavor daqueles que necessitam do mínimo para se manterem e não o tem? Para que esse maléfico desejo de ostentação, muitas das vezes suportadas pelos títeres sociais?
Escondem-se em partidos políticos, nas mais diversas religiões, nos diversos segmentos da sociedade, enrustidos, travestidos de cidadãos honestos e de bem, para assim alimentarem sua ganância desmesurada, seus desejos patrimonialistas e sem qualquer impedimento construírem inúteis palácios ou impérios econômicos e financeiros a revelia dos interesses da sociedade.
Para que tanto luxo, doutor?
Para essa finalidade, usurpam, destroem, corrompem, traficam drogas ou influência, ou ambas, sangram aqueles que humildemente acreditam nas suas falácias, nas suas mentiras criando novos e invisíveis parâmetros apoiados por uma mídia podre e comprada a peso de ouro de jornalistas incompetentes e tão irresponsáveis quanto estes.
Onde iremos parar?
Solução há! Como a de guarnecer a sociedade com políticas públicas de interesse comum, o que basicamente está disponível na Constituição, usando os recursos do Estado para regularizar as diferenças sociais absurdas que temos vivenciado incrustadas de violência e miséria, como se houvesse um obstáculo intransponível, nada é feito.
Ocorre que entre destinar dinheiro para programas sociais e pagar juros para a banca internacional, sempre a preferência recai para o pagamento de juros, como ocorreu na época das malfeitas privatizações, quando perguntado se os recursos da venda de empresas, que eram do povo brasileiro, iriam para a área social o Pedro Malan foi taxativo, "o dinheiro será usado para o pagamento de juros!"
A verdade é que o Estado não pode deixar os seus cidadãos na miséria, não pode aceitar que pessoas vivam em favelas, vivam sem saneamento básico e nem as condições mínimas de higiene e saúde, como temos visto em todo o país, abandonadas a míngua por aqueles que tem obrigação de lhes oferecer o mínimo, para depois quando se depararem com a violência decorrente do abandono dizer que a culpa e só da sociedade, estes governantes e políticos irresponsáveis estariam isentos de culpa.
Programas sociais de estabilização dessas populações abandonadas à própria sorte devem continuar a busca da solução definitiva disso, para que não sofram mais ainda com irresponsabilidades da tal “mão invisível” do mercado a qual estes não tem controle, ninguém tem, somente os rentistas internacionais.
Chega de mentiras de que se derem condições de vida aos mais pobres eles podem derrubar o sistema criando um modelo comunista ou coisa assim, não é cabível tamanho absurdo, como também não é possível a manutenção de exclusão de 40% da sociedade dos benefícios por eles mesmos criados, por meio do trabalho e poupança, em um país riquíssimo como o nosso, mas que é vendido pela mídia, principalmente a televisiva, como país de segunda categoria.
Chega dos oportunismos midiáticos em defesa dos interesses da acumulação de fortunas, por aqueles irresponsáveis sectários na defesa de seus interesses, que nem eles e nem seus tetranetos, gastarão a riqueza arrecadada, devido à finitude da vida, mas por outro lado, levarão a penúria várias gerações de pessoas.
Está na hora de retomarmos a condução da situação e nós mesmos orientarmos os caminhos que esta nação deva trilhar, sem a interferência alienígena que tanto mal tem feito a esse país.
Não precisamos dos arquétipos teóricos criados em outros países de cultura e geografia completamente diferente da nossa apregoados como modelos gerais mundiais e ideais as nossas necessidades.

Chega dos liberais e neoliberais de plantão prontos defender o interesse dos banqueiros e das empresas multinacionais, em detrimento do povo brasileiro.

Zelaya e o Brasil.

Honduras vive um momento crítico na luta pela democracia.
O presidente legitimamente eleito pelo povo hondurenho se vê diante da subversão dos direitos constitucionais, que todos devem cuidar, para o rigor maior que é a manutenção da democracia.
Pelo que é possível entender pelas notícias aqui veiculadas, uma vez eleito o presidente de direito Manuel Zelaya, com a finalidade de proceder a mudanças constitucionais, propôs um projeto ao congresso com essa finalidade, não importa se o objetivo fosse mudar toda a constituição hondurenha, desde que haja consenso, politicamente, tudo pode ser mudado.
Nada mais próprio, pois a este cabem as decisões legais em qualquer país democrático do mundo, como no Brasil, que já acumula 57 mudanças constitucionais desde 1988, sem que houvesse a menor turbulência política.
Abruptamente, os golpistas de plantão, sacaram da constituição hondurenha pretensas cláusulas pétreas, sem as necessárias observações às regulamentações legais e em seguida, sem ao menos encetar um processo de impeachment, expulsaram-no do país bem ao estilo e gozo dos reacionários brasileiros, saudosos do golpe de 64, tão ansiosos para que o Brasil vire novamente uma colônia legalmente constituída, mas desta vez dos EUA, que é muito mais chique.
Zelaya, presidente legalmente eleito, foi substituído pelo fantoche de plantão, que não admite ser chamado de presidente de fato, Roberto Micheleti, apoiado pelos militares irresponsáveis que acreditavam no subsídio dos EUA, esquecendo-se que o desgoverno Bush acabou, acabaram por ouvir de Obama que ele não quer nem saber, eles tem de devolver o poder legal para o legítimo representante do povo – Manuel Zelaya.
A situação ficou bem complicada a partir de então, sem apoio dos EUA, sem apoio do resto da América Latina, sem apoio da OEA e da ONU, os golpistas, na verdade bandidos de primeira grandeza, passaram a descortinar um futuro não muito bom, pois o que fizeram não está previsto na constituição hondurenha, mas a punição está.
Nela está descrito o escopo e o ato praticado ao delinearem em seus artigos que o servidor público ao praticar a destituição de presidente eleito será rigorosamente punido.
As eleições marcadas para novembro pelos golpistas, não serão reconhecidas pelos países vizinhos, por entenderem ser Zelaya o presidente do país.
A escolha pela embaixada brasileira em Tegucigalpa foi a mais natural decisão pela importância do Brasil e pela posição do Presidente Lula de não apoiar esse tipo de comportamento irresponsável.
Novamente os brasileiros subversivos, como os golpistas, criticam a decisão de acolher Zelaya, como se este fosse o bandido e apóiam o golpe descaradamente, numa absurda inversão de valores, para a defesa da ideologia do medo, da discórdia e dos procedimentos secretos contra a liberdade e a independência dos povos.
Esperamos o retorno Zelaya e a normalidade para o povo hondurenho e para os bandidos golpistas, uma cadeia bem dura e por um bom tempo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O alienado e cortês

Coitado do cortês J. Nunes, o bom senso para ele morreu, acredito que ele morreu junto.

O pior que morreu a família toda.

Ele perdeu mais que o bom senso, perdeu o senso crítico.

O grande problema do J. Nunes é ser mal informado, caso assim não fosse, não escreveria esse conjunto de inutilidades sobre bom senso e pedisse para circular a outros corteses via internet, isso sim é uma grande falta de bom senso.

Ao generalizar o comportamento humano pelo noticiário da televisão, ele perdeu definitivamente o senso crítico e em defesa da indústria de armas, nos dá a idéia de que deveríamos todos criar a nossa própria defesa e de que direitos humanos existem para criminosos, enquanto é exatamente o contrário, aos criminosos - cadeia.

É importante saber que a mídia mundial é controlada por quatro empresas norte-americanas: CNN, CBS, NBC e FOX.

Estas empresas somente noticiam aquilo que interessa aos EUA e seus aliados econômicos, as empresas multinacionais e aos banqueiros internacionais, seguindo a ideologia deles, ou seja, a ideologia do lucro, do dinheiro, pouco importam as pessoas.

Assim, não há a menor possibilidade de isenção por parte delas, pois quem as sustenta detêm o poder mundial.

Da mesma forma, no Brasil, aqueles que acreditam na Rede Globo, Veja, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, denominados por alguns jornalistas conscientes como o PIG – Partido da Imprensa Golpista, por causa das mentiras veiculadas em seus jornais diários, vivem em outro mundo, um mundo virtual engendrado por estes.

Criam à ilusão de defenderem os interesses do povo brasileiro, quando na verdade, defendem os interesses alienígenas, dos multimilionários especuladores, pregando que um país maravilhoso como o nosso, com um povo encantador e de riquezas abundantes seja um país “emergente” e assim devesse ficar.

O Brasil, desde 2007, ocupa a 6ª posição no “ranking” da economia mundial, respondendo por 2,88% da riqueza produzida no mundo e PIB de quase US$ 2 trilhões, de acordo com o Banco Mundial, sem computar as riquezas geradas pelo pré-sal, que começou a criar o interesse de estrangeiros em investimentos no país, mesmo com recursos dele provenientes previstos para daqui a alguns anos.

O nosso país, que de “emergente” não tem nada, ao rivalizar-se economicamente com países como Inglaterra, França e Alemanha, tidos como de primeiro mundo.

Mas, essa e outras notícias importantes passam despercebidas pela maioria das pessoas ou são mascaradas pela mídia, de outra forma, como justificar diferença tão grande entre a população mais rica e a mais pobre, a péssima distribuição de renda entre elas, sendo o Brasil considerado o país com a segunda pior distribuição de renda no mundo, perdendo somente para Serra Leoa, na África.

Se não houvesse o mito do país “emergente”, como justificar que o povo viva tão mal, com a falta de educação, saúde, transporte, habitação, enquanto as multinacionais e bancos ganham tanto dinheiro? Fazendo vultosas transferências para as matrizes.

Como justificar a violência e o tráfico de drogas? Como justificar a violência contra as crianças, abandonando-as ao trabalho escravo? Tendo sido escravos desse sistema perverso, seus pais também? Como justificar o mito de que pobre não gosta de trabalhar e que se receber ajuda vai ficar mais vagabundo ainda?

Mesmo com o melhor governo que este país teve nos últimos 500 anos, pois o atual governo conseguiu promover a ascensão de classe social a 31 milhões de brasileiros, entre 2003 e 2008, segundo pesquisa da FGV, baseada no PNAD 2008, graças ao programa Bolsa Família, milhões de famílias estão saindo do ciclo da miséria, além de outras ações sociais, como o reajuste do salário mínimo acima da inflação, é difícil debelar o mito.

Em um país rico como o nosso não se justifica um sistema tão perverso de distribuição de renda, no qual os 10% mais ricos ficam com 47% da renda total do país, enquanto os 50% mais pobres, com apenas 12%, dados de 2003, segundo o PNAD/IBGE.

Muito menos ainda, tanta violência praticada contra os mais pobres, tanto na cidade como no campo, tratando, por exemplo, os membros do MST como bandidos e o que na verdade eles buscam é o direito constitucional a propriedade, negada pelos grileiros e usurpadores, defendidos por maus políticos, maus empresários e pela mídia irresponsável, transformando um direito em luta ideológica.

Nenhum país, em nenhum lugar do mundo pode ter pessoas passando fome, é uma vergonha que se conviva com tamanho absurdo, com tanta desumanidade, esse é um mal a ser combatido, o mundo tem recursos financeiros suficientes para isso e ainda sobra.

A mídia noticia essas informações de maneira distante, como se fosse um problema insolúvel e pontual, que não tivesse ao nosso alcance a sua solução, que caberia a outros e não a nós.

Mas a verdade é que se trata de responsabilidade de todos nós e não algo singular, pois aqueles melhores aquinhoados com a sorte, baseados em notícias hipócritas divulgadas pela mídia, desconhecem a realidade do povo, as causas reais da violência e os riscos que os mais pobres são diariamente acometidos, por conta da sua maior vulnerabilidade.

Temos de buscar informações em outras e variadas fontes para consolidar o nosso conhecimento sobre as causas e as consequências da situação que este país se encontra, assumindo nossa responsabilidade sobre o que acontece, para revertermos à situação que chegamos e permanecemos.

O J. Nunes, no conforto do lar, fica a pensar no seu próprio umbigo, alienado da realidade e entre uma novela e outra, assiste o jornal nacional e lê bobagem.

Na verdade não sei se o J. Nunes é mal informado ou tendencioso, não o conheço! Mas, conheço as consequências das mentiras a que somos submetidos pela mídia: miséria, corrupção, escravidão, alienação política e cultural, etc...

domingo, 26 de julho de 2009

DEMOCRACIA TERRORISTA

Um histórico do Imperialismo dos Estados Unidos da América

Os Estados Unidos da América, desde sua fundação, têm defendido a liberdade e a democracia, defendido esse sistema político no seu país e no mundo, principalmente quando se coloca como o maior exemplo de democracia do mundo. Seu sistema democrático divide a eleição em duas partes, uma direta e outra indireta, possuindo entraves burocráticos que permitem o controle do resultado final das eleições pelo processo de voto indireto, por meio do chamado Colégio Eleitoral. Este órgão foi criado em 1787, logo após a independência, juntamente com a constituição, para evitar que a escolha do presidente ficasse à mercê do voto popular direto, garantindo o controle do poder pela elite política do país, que temia novas revoltas sociais como a de Shays. Para manter o caráter democrático, as eleições diretas têm de acontecer e elas ocorrem, mas o Colégio Eleitoral é quem dá a última palavra. O caso mais recente de problemas que essa forma de democracia provocou foi a crise gerada pela eleição de George W. Bush, vitorioso sobre Al Gore, respectivamente dos partidos Republicano e Democrata.
A estrutura partidária também é bastante burocrática, permitindo que por mais de dois séculos esses dois partidos se alternem no poder sem dar oportunidade a nenhum outro grupo político. Logicamente esses dois partidos foram o resultado da divisão do poder entre as duas tendências do grupo de líderes políticos que declarou a independência norte-americana, fez a constituição dos EUA e criou a estrutura eleitoral, incluindo o Colégio Eleitoral e a parte das eleições que são indiretas, além de outras regras que dificultam a ascensão de novos partidos. Tudo isso para que essa elite nunca mais saísse do poder e evitasse que outros grupos políticos pudessem vir a crescer e dominar a vida política da nação.
Os EUA sempre foram o maior defensor da democracia e da liberdade de expressão, pregando a luta pela autodeterminação dos povos. Mas, na prática, têm um currículo invejável de atrocidades, guerras, conquistas, intervenções e ocupações militares, e ainda, a manutenção de governos ditatoriais ‘fantoches’ no mundo todo, financiando ou armando grupos políticos que representem seus interesses no país em questão.
A própria formação do território norte-americano está manchada do sangue de 1 milhão de indígenas de diferentes tribos (creeks, choctaws, cherokees, sioux, apaches, chiekasaws, seminolas), todas consideradas ‘inferiores’, que foram expulsas de suas terras e simplesmente exterminados. A ‘Doutrina do Destino Manifesto’ justificava essa “carga” ao homem branco norte-americano: civilizar outros povos, em especial os chamados povos bárbaros, como os indígenas. As guerras expansionistas começaram com a invasão da Flórida ocidental em 1812 (totalmente anexada em 1819), numa guerra envolvendo a Espanha e sua aliada, a Inglaterra, que voltou a ser enfrentada em 1814 numa disputa por territórios ao norte. Em uma grande guerra iniciada em 1845 e prorrogada de 1847 a 1848, contra o México, os Estados Unidos tomaram metade do território mexicano, localizado onde hoje estão os estados do Texas, Califórnia, Novo México, Arizona, Nevada, Utah e partes do Colorado, Kansas e Oklahoma. Não é à toa que o presidente mexicano Porfírio Díaz declarou: “Pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”.
Em 1867, os EUA adquiriram e anexaram o Alaska. Em 1869 invadiram as Ilhas Midway e em 1887 ocuparam Pearl Harbor. Em 1898 os EUA anexaram o Havaí, ocuparam militarmente Cuba, Porto Rico e Guam (estes dois últimos anexados) e invadiram as Filipinas (onde morreram 100 mil filipinos) após uma grande guerra imperialista contra a Espanha na qual os estadunidenses saíram vitoriosos e transformaram as Filipinas em colônia. Em 1899 ocuparam o arquipélago de Samoa. Em 1916 os EUA anexaram as Ilhas Virgens.
A doutrina Monroe (1823), ‘a América para os americanos’, serviria de justificativa para centenas de intervenções na América Latina. No final do mesmo século e no início do séc. XX, a América Central começaria a sofrer cada vez mais com o imperialismo estadunidense, que considerava esta região seu quintal e ali interviria cada vez mais freqüentemente.
Entre 1898 e 1901 os EUA ocupam a ilha cubana e a partir de 1901 impõem um protetorado sobre Cuba, que incluía a ocupação militar da ilha e a construção de uma base naval ao sul de Guantánamo. Até a nova constituição cubana autorizava a intervenção militar estadunidense no país, através da Emenda Platt de 1901. Na ilha cubana os EUA mantiveram seu domínio com governos fantoches entre 1901 e 1906, de 1909 a 1917, entre 1924 e 1933 e foi governada pelo ditador Fungêncio Batista de 1934 até 1944 e de 1952 até 1959, alternado por outros governos fantoches. Entre os períodos onde Cuba foi governada por representantes diretos dos interesses dos Estados Unidos, a ilha foi invadida e ocupada por tropas estadunidenses (1906-1909, 1912, 1917, 1921-1923, 1933).
O domínio estadunidense na ilha cubana só acabou com a Revolução de 1959 e o posterior alinhamento de Cuba com os soviéticos (1961), mas, mesmo assim, os EUA deram apoio a diversos grupos de oposição ao governo cubano, chegando a organizar o desembarque na Baia de Porcos, para onde enviou rebeldes cubanos e agentes da CIA para tentarem depor Fidel Castro. Entre 1959 e 1966 a CIA chegou a organizar 24 planos diferentes para assassinar Fidel Castro, desses 8 foram levados adiante mas fracassaram. Através do seu serviço secreto, os EUA introduziram em Cuba diversas doenças e pragas até então desconhecidas na ilha como peste suína africana, praga de arroz, doença de Newcastle em aves, carvão e ferrugem da cana-de-açúcar, mofo azul do tabaco, ferrugem do café, conjuntivite hemorrágica e dengue.
Os EUA fomentaram o separatismo na província do Panamá, até então território da Colômbia, onde queriam construir um canal ligando o Atlântico ao Pacífico. Em 1903 ocupam o recém-criado território panamenho para construir ali o Canal do Panamá, tomando parte do território deste país (a zona do canal). O presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, o ‘fundador’ deste país declarou apenas: “Eu tomei o Panamá”. O Panamá seria ocupado até 1918, quando os EUA interviram novamente no país. As tropas estadunidenses só sairiam em 1999, tendo intervindo militarmente no país em outras situações como 1923, 1964 e 1989. Mais recentemente o Panamá foi governado por ditaduras militares pró-EUA de 1968 a 1981 e de 1983 a 1989.
Em 1903, ocorre a primeira intervenção estadunidense na República Dominicana (na época São Domingos). A República Dominicana é ocupada pelos exércitos estadunidenses em 1905 e novamente entre 1916 e 1924, sendo que de 1905 até 1941 foi, na prática, uma colônia estadunidense, num período em que os EUA recolheram os impostos do país para si. Foi governada pelo ditador Rafael Trujillo de 1930 a 1960, representante dos interesses estadunidenses. Outras ditaduras financiadas pelos EUA governaram o país de 1960-61 e 1963-1965. A ilha foi invadida em 1965 por tropas da OEA (Organização dos Estados Americanos) lideradas por 22 mil soldados dos Estados unidos e uma nova ditadura pró-EUA foi implantada entre 1965 e 1978. Ainda em 1903 os EUA invadiram Honduras pela primeira vez em nome das companhias norte-americanas exportadoras de frutas como a United Brands e a United Fruit Co., que até hoje controlam o país, fato que lhe rendeu o apelido de "República das Bananas", depois estendido a outros países da região.
O Haiti foi ocupado por tropas norte-americanas em 1914 e esse domínio continuou até 1936, passando posteriormente por governos fantoches que incluíram ditaduras entre 1946 e 1950, de 1956 até 1986 e de 1987-1990. Em 1991 os EUA voltaram a intervir no país e em 1994 o Haiti foi novamente invadido por tropas estadunidenses, que colocaram um novo governo no poder.
Na Guatemala, os EUA apoiaram governos fantoches de 1906 até 1944. Derrubaram governos democráticos e implantaram ditaduras militares com intervenções militares em 1954, durando até a 1965, e novamente de 1970 a 1985. Durante essas ditaduras fortemente repressoras, o país passou por grandes conflitos internos entre o governo ditatorial pró-EUA e terroristas de direita, de um lado, e guerrilheiros de esquerda do outro, numa verdadeira guerra civil. Teve como trágico resultado cerca de 120 mil mortos, a maior parte civis ou membros da oposição.
Tropas norte-americanas invadiram a Nicarágua em 1909 e novamente em 1912. Entre 1912 e 1933 a Nicarágua foi uma colônia norte-americana, constantemente ocupada pelos marines. Um pequeno grupo de oposição formado por camponeses lutava contra a ocupação, liderados por Sandino. Após este período, os EUA entregaram o governo do país para a família Somoza, que governou o país com uma forte e opressora ditadura de 1936 a 1979, sempre representando os interesses estadunidenses no país. A pedido do embaixador norte-americano, Sandino foi assassinado durante o que deveria ser uma reunião para negociações de paz em Manágua. Graças ao apoio estadunidense e a corrupção generalizada, a família Somoza construiu uma fortuna de mais de um bilhão de dólares, sendo proprietária, direta ou indiretamente de quase todas as terras do país.
O domínio estadunidense no país se estende até 1979, quando o novo governo, formado por sandinistas, tentou implantar um regime de tendências socialistas. Mas os EUA financiaram guerrilheiros anti-sandinistas (os chamados ‘contras’), que juntamente com o embargo norte-americano, arrasaram a economia do país e permitiram a subida ao poder de um governo pró-EUA em 1990, após a morte de mais de 30 mil nicaragüenses. A Nicarágua chegou a apelar para o Tribunal Penal Internacional contra a atitude norte-americana, onde venceu, mas os EUA não aceitaram acabar com o crime contra esse país, nem pagar as indenizações que o tribunal lhe impusera. Posteriormente a Nicarágua pediu à ONU que votasse uma determinação para que todos os países respeitassem o direito internacional e o princípio de autodeterminação dos povos, mas os EUA vetaram.
El Salvador passou por ditaduras de direita apoiadas pelos EUA entre 1931 e 1944, de 1960 a 1967, de 1969 até 1979. Durante essas ditaduras o país passou por intensos conflitos sociais e uma verdadeira guerra civil entre guerrilheiros de esquerda e de direita. Estes últimos, conhecidos pelo apelido de “O Batalhão”, apoiados pelo governo e pelos EUA, foram responsáveis por alguns dos mais violentos massacres da América Latina, não poupando velhos nem crianças. Muitas vezes os membros da oposição eram presos pelo “batalhão”, torturados e depois arrastados pelas ruas da cidade até que toda a carne se desprendesse dos ossos. Os EUA chegaram a invadir o país em 1979 para ‘regularizar a situação’ e colocar no poder uma nova ditadura, extremamente repressora, nos anos seguintes (1980-82) mas permitindo que o mesmo grupo permanecesse no poder até 1994. Estes longos conflitos , mais intensos no final dos anos 70 e início dos 80, resultaram em mais de 60 mil mortos, a maior parte da oposição.
Em 1980, os EUA apoiaram a ascensão de uma ditadura no Suriname. Em 1983 os Estados Unidos invadiram a ilha de Granada para depor um governo de esquerda que contrariava os seus interesses, implantando um governo pró-EUA.
No México, os EUA realizaram outra intervenção militar em 1914, dando suporte para a ascensão de governos autoritários, que formariam nos anos 20 o Partido Revolucionário Institucional (PRI), passando a governar o México com um governo de partido único, mas de fachada democrática, sempre apoiado pelos EUA. Este grupo político permaneceu no poder até o ano 2000. Como resultado, hoje os EUA comandam praticamente toda a economia mexicana, em especial os recursos naturais, como minerais metálicos e o petróleo, sendo que 95% das exportações de petróleo mexicano, hoje, vão para os EUA.
Na Venezuela, um grande produtor de petróleo já no início do séc. XX, os EUA financiaram ditaduras como a de Juan V. Gomez, que escancarou as portas da economia venezuelana para as empresas petrolíferas norte-americanas de 1908 até sua morte em 1935. Os EUA mantiveram outras ditaduras no país de 1936 a 1945 e de 1949 até 1958.
Durante toda a Guerra Fria os EUA financiaram diversas ditaduras no mundo, mas principalmente no seu quintal: a América Latina. Além das já citadas na América Central, temos na América do Sul governos fantoches ‘democráticos’ que reprimiram violentamente toda forma de oposição, mas principalmente movimentos de esquerda na Colômbia e na Venezuela (principalmente após os anos 60). Temos também ditaduras implantadas com apoio dos EUA no Equador, (1963-1968 e 1972-1979), no Peru (1968-1980 e 1992-2001) e no Uruguai (1972-1984). Na Bolívia foram vários golpes e governos ditatoriais nos períodos de 1952-1964, 1965-1966, 1969-1970 e 1971-1982. No Paraguai, além da ditadura de direita apoiada pelos Estados Unidos de 1940 a 1947, o General Stroessner ficou no poder de 1954 até 1989, uma das mais longas ditaduras militares da história.
No Chile, após um curto governo de tendências socialistas, formado pelos social-democratas e socialistas chilenos, que nacionalizou as minas de cobre, o presidente Allende foi morto no sangrento golpe de 11 de Setembro de 1973, organizado pela própria CIA e com participação de marines norte-americanos, onde até o palácio presidencial La Moneda e a residência do presidente Allende foram bombardeados. Este golpe marca o início de uma violenta ditadura liderada por Pinochet que durou até 1990, sustentado pelos escusos interesses estadunidenses.
Na Argentina (1966-1973 e 1976-1984), da mesma forma, os militares que dirigiram o país foram responsáveis por milhares de desaparecimentos políticos, casos de torturas, estupros, assassinatos e espancamentos, contabilizando um total de mais de 35 mil mortos, em nome da “defesa da democracia”.
No Brasil, após um curto governo nacionalista, que tentou fazer uma tímida reforma agrária e algumas nacionalizações, foi organizado um golpe militar em 1964, também com participação e supervisão da CIA, do Departamento de Informação do Pentágono (Cel. Vermon Walters), da embaixada dos EUA ( embaixador Lincoln Gordon) e de apoio militar estratégico dos EUA (na operação Brother Sam), que chegaram a enviar um porta-aviões (o Forrestal), um porta-helicópteros, 6 destróieres, esquadrilhas de caças, petroleiros e 100 toneladas de armas leves para apoiar o golpe. Caso a população resistisse ao golpe, as tropas estadunidenses desembarcariam no país. A ditadura militar no Brasil durou até 1984, mas somente em 1989 voltaram a ocorrer eleições diretas.
A repressão e perseguição política, o fim da liberdade de expressão, a censura, além de prisões arbitrárias, desaparecimento de opositores, espancamentos e assassinatos foram comuns em todas as ditaduras militares implantadas com apoio dos EUA na América Latina, lembrando ainda que as técnicas de tortura empregadas foram das mais violentas e cruéis, muitas delas desenvolvidas inicialmente por militares estadunidenses e aprimoradas pelos militares latino-americanos que receberam treinamento na Escola Superior de Guerra dos EUA ou na sua filial, a Escola Superior de Guerra do Panamá. Essas técnicas incluíam afogamentos, choques elétricos e mutilação de órgãos genitais, mutilação provocada por mordidas de animais como cães e roedores, estupros dos mais violentos, queimaduras de áreas sensíveis com fogo e ácidos e até mesmo esquartejamentos.
Os EUA sempre atuaram em várias partes do mundo, todas as vezes que uma ‘ameaça externa’ podia ser usada como justificativa para apoiar grupos pró-EUA interessados pelo poder e sem escrúpulos, criando governos corruptos, ditatoriais e sanguinários. Ou ainda, essa ‘ameaça à segurança nacional’ era usada para justificar guerras e invasões. Corporações norte-americanas apoiaram a ascensão do fascismo na Europa, como o regime fascista espanhol, ou o nazismo na Alemanha e Áustria, pelo medo da ‘ameaça comunista’. Quando os interesses mudaram, se uniram à URSS para destruir a ‘ameaça nazista’ e o ‘imperialismo fascista’ japonês, cometendo inúmeras atrocidades durante a II Guerra Mundial, como a morte de 300 mil civis (1945) em grandes cidades no sul da Alemanha, como Colônia, bombardeadas incessantemente com Napalm (bombas incendiárias). Ou ainda a morte de quase 300 mil japoneses com os ataques nucleares em Hiroshima e Nagasaki, apenas para terminar a guerra antes que o Japão se rendesse e antes que os soviéticos ocupassem os territórios japoneses da Manchúria (norte da China) e da Coréia. Além disso, teve a clara função de mostrar a força da nova potência hegemônica para o mundo e principalmente para a União Soviética.
O Japão e a Alemanha foram desmilitarizados e ocupados. Até hoje as tropas norte-americanas ocupam bases no Japão e Coréia do Sul, além de manter exércitos em toda a Europa Ocidental, inclusive na Alemanha, através da OTAN.
O socialismo volta a ser a grande ‘ameaça’ após a II Guerra Mundial e os EUA iriam se envolver em novas disputas na Europa (guerra civil na Grécia em 1946, divisão da Alemanha de 1946-48) e em novos conflitos, como a Guerra da Coréia (1950-1953), quando foram mortas mais 3 milhões de pessoas, sendo a maior parte civis. Nesta guerra, os EUA jogaram cerca de 3 bombas para cada habitante da Coréia, fazendo uso de armas químicas e biológicas em grande quantidade (incluindo a hoje famosa bactéria Antraz) resultando em cidades inteiramente devastadas como Pyongyang (Coréia do Norte).
Nos anos 50 os EUA apoiaram a reocupação francesa da antiga colônia da Indochina e a luta contra os ‘rebeldes’ socialistas. Em 1962 os EUA começam a apoiar militarmente os capitalistas do Vietnã do Sul na luta contra os socialistas do Vietnã do Norte. Em 1964 invadem o Vietnã, só se retirando em 1972, deixando um saldo de dois milhões de mortos (sendo 1,95 milhões de vietnamitas). A guerra provocou até mudanças na geografia física do Vietnã ao eliminar florestas inteiras, desfolhadas com armas químicas como o Agente Laranja, ou incendiadas por Napalm II (versão melhorada do Napalm, que não apaga com água e queima até os ossos), ou pelas toneladas e toneladas de bombas que os EUA despejavam diariamente no país e em vizinhos como Camboja e Laos (os EUA jogaram mais bombas contra o Vietnã do que todas as usadas por todos os lados em luta na II Guerra Mundial). Neste processo de genocídio indiscriminado, mais de 70% das vilas do Vietnã do Norte foram destruídas.
A violência dos soldados estadunidenses é até hoje camuflada pelo governo dos EUA, existindo relatos dos próprios soldados de que eram comuns a tortura, espancamentos, estupros, a mutilação e decapitação de prisioneiros, além do massacre de vilas inteiras, incluindo mulheres, crianças e velhos por supostamente terem dado apoio aos vietcongs (guerrilheiros socialistas do Vietnã do Norte). Dentre os relatos mais estarrecedores, estão os dos soldados norte-americanos que colecionavam orelhas de vietcongs, o que era algo comum em alguns agrupamentos pequenos e uma prática generalizada em grupos maiores como a 173ª Brigada Aerotransportada e os 1º e 14º batalhões da 3ª Brigada da 25ª Divisão de Infantaria, onde o soldado que tivesse mais orelhas bebia toda cerveja e uísque que conseguisse beber no acampamento, sendo considerado “o número 1” do batalhão.
Ainda no continente asiático, os EUA ajudaram a implantar e manter o governo do ditador Suharto na Indonésia (1966-1998), com um golpe militar sangrento (1966) que levou ao poder um governo que matou mais de meio milhão de pessoas, massacrando todas as formas de oposição dentro do país. Ajudaram a colocar no poder o ditador Ferdinando Marcos, nas Filipinas, que governou o país com mão de ferro e muita corrupção de 1965 a 1986, quando fugiu para os EUA com uma fortuna pessoal avaliada em 2 bilhões de dólares. Na Tailândia, os Estados Unidos ainda apoiaram uma ditadura de 1977 a 1983. No Paquistão, sustentaram governos ditatoriais de 1977 a 1988 e apoiaram a ascensão de uma nova ditadura militar em 1990, que dura até os dias de hoje.
Na África, os Estados Unidos deram apoio a regimes ditatoriais extremamente violentos como o Apartheid na África do Sul (1948-1994), e ainda financiaram diversos grupos terroristas, chamados sempre de ‘paramilitares’ para combater grupos e movimentos socialistas. No Congo (ex-Zaire e atual Rep. Democrática do Congo), os Estados Unidos ajudaram a implantar a violenta ditadura de Mobutu em 1965, mantendo-o no poder até 1997 e transformando o Congo em um país arrasado por lutas e disputas internas entre diversos grupos rivais.
Outras ditaduras de direita no continente africano foram financiadas pelos Estados Unidos, como na Libéria (1979-1990, em Malaví (1964-1994) e na Nigéria (1984-1998), ou no Quênia, onde o governo implantado em 1979 permanece no poder até hoje. Os EUA ainda interviram na Etiópia, onde patrocinaram a independência da província de Eritréia (1991), localizada em uma região estratégica do “chifre da África”, banhada pelo Mar Vermelho e financiaram guerrilheiros para lutarem contra o governo etíope, quando este se aproximou mais da URSS.
Na Argélia os norte-americanos têm apoiado um violento governo formado por militares. Implantado com um golpe militar em 1992, após a vitória dos islâmicos nas eleições diretas, acabou por gerar uma sangrenta guerra civil entre o governo e os islâmicos radicais, que já deixou mais de 100 mil mortos.
Em Angola os EUA financiaram o grupo guerrilheiro de direita Unita, desde os anos 70, em luta contra os socialistas e nacionalistas, mergulhando o país numa violenta guerra civil que prossegue até hoje e transformando Angola num dos países com o maior número de minas terrestres ainda ativas do mundo.
Em Moçambique o mesmo processo se repetiu e os EUA financiaram o grupo guerrilheiro Renamo, contra a tentativa da Frente de Libertação de Moçambique de formar um governo socialista no país. Outros grupos guerrilheiros e terroristas de direita foram financiados, treinados e armados pelos Estados Unidos para lutar contra grupos socialistas ou pró-URSS em Guiné-Bissau, Marrocos, Argélia, Ruanda, Etiópia, Sudão, Somália, Namíbia, Congo e Serra Leoa. Estas intervenções nestes países transformaram alguns deles nos mais pobres do mundo, como Serra Leoa, que após duas décadas de Guerra Civil, tem a pior taxa de expectativa de vida do mundo (36 anos) e o pior IDH do mundo.
Nesta segunda metade do Século XX, os EUA mantiveram regimes fantoches em diversos países como no seu tradicional aliado, o Irã do xá Reza Pahlevi. O xá Pahlevi governou de 1941 até 1979, quando foi deposto pelo aiatolá Khomeini, que era contra os EUA e implantou uma república islâmica.
Os EUA apoiaram a subida de Saddam Hussein ao poder em 1979 e jogaram o Iraque contra o Irã numa guerra de oito anos (1980-88), a guerra Irã-Iraque, onde as armas norte-americanas transformaram o Iraque numa potência local. Mas como toda guerra é um grande negócio, os EUA vendiam armas secretamente ao Irã, de onde conseguiam dinheiro sujo para financiar os ‘contras’ na Nicarágua. Após 8 anos de conflitos sangrentos, o resultado foram mais de 600 mil mortos e 1 milhão de feridos.
Quando, em 1990, o aliado Saddan Hussein, invade o Kuwait, um dos maiores fornecedores de petróleo dos EUA, deixa de ser um aliado e se torna um inimigo ‘perigoso’, sendo rapidamente demonizado pela mídia estadunidense. O Iraque foi atacado por uma coalizão de aliados dos EUA (1991) autorizados pela ONU, onde morreram cerca de 200 mil iraquianos, sendo cerca de metade deles civis (os chamados “efeitos colaterais” das armas de “precisão cirúrgica”). Após 1991 os EUA criaram 2 zonas de exclusão aérea no território Iraquiano, para ‘proteger’ minorias locais como os curdos e xiitas. Mas os EUA continuam a bombardear o Iraque até hoje, quase que semanalmente (inclusive alvos civis como pontes, estradas, depósitos de alimentos), por desrespeitar suas imposições como as zonas de exclusão aérea, onde só aviões dos EUA podem voar (que diferentemente do que a mídia divulga, nunca foram aprovadas pela ONU). Até hoje os iraquianos sentem os efeitos nocivos das bombas e mísseis de Urânio empobrecido, que os EUA usaram na guerra, causando incontáveis casos de câncer e leucemia na região, tendo contaminado até soldados estadunidenses e ingleses, num total que ultrapassa 30 mil homens (que apenas passaram por lá). O embargo econômico ao Iraque, que os EUA mantém até hoje, já provocou cerca de 1 milhão de mortes por fome e doenças, sendo metade crianças.
Durante a Guerra do Afeganistão (1979-1989), na qual os soviéticos tentaram manter o frágil governo socialista ocupando o país, os EUA financiaram, armaram e treinaram grupos guerrilheiros islâmicos anti-soviéticos, os mujahidin (de onde saíram grupos como o Taleban) ou grupos terroristas (como a Maktab al Khidmat, que se tornaria a rede Al’Kaida), mergulhando o Afeganistão numa guerra civil que devastou o país. Através de uma poderosa estrutura organizada pela CIA, (numa operação secreta dirigida pelo Gen. William Casey e por Zbigniev Brzezinski), grupos terroristas como a rede Al’Kaida recrutaram em mais de 30 países, cresceram e enriqueceram pelo apoio norte-americano dado até 1990. Neste ano o grupo se voltou contra seu criador, por ser contra a ocupação militar da Arábia Saudita pelos estadunidenses iniciada em 1990 e 1991 para a Guerra do Golfo, mas permanecendo no país até hoje.
Na Arábia Saudita e Kuwait, as tropas dos EUA que permanecem lá desde a Guerra do Golfo, dão sustentação a dois governos extremamente impopulares, ditatoriais e discriminatórios. Foi no modelo saudita e kuwaitiano de tratamento da população feminina que o Taleban havia se ‘inspirado’ para tratar as mulheres afegãs. Mas como a Arábia Saudita e o Kuwait vendem petróleo mais barato para os EUA, a mídia toma os devidos cuidados para não divulgar as formas de tratamento das mulheres nesses países. E para manter um governo impopular, num país onde 45% da população saudita está desempregada, enquanto os cerca de 7.000 príncipes e nobres da família real vivem no ‘paraíso’, somente com tropas de elite como as estadunidenses.
Os EUA apoiaram a ocupação dos territórios palestinos por Israel nas guerras de 1948-49, 1967 e de 1973. Também apoiaram a intervenção militar israelense na Guerra Civil do Líbano em 1982, onde supervisionaram a entrega dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, às mãos de guerrilheiros maronitas, que massacraram mais de 3 mil prisioneiros (1982), sob tutela do atual dirigente de Israel, Ariel Sharon. Até hoje, os estadunidenses financiam o Estado sionista de Israel, na sua campanha de dominação e colonização dos territórios palestinos, onde este Estado tem massacrado sistematicamente o povo palestino, apesar de a ONU já ter aprovado determinações exigindo a retirada das tropas israelenses, desde as guerras de 1967 e 1973.
Em 1986, bombardearam a Líbia, pois esta estaria financiando o terrorismo, mas como efeito colateral ocorreram centenas de mortos e feridos civis. Invadiram a Somália em 1994, para defender a ‘liberdade do povo somaliano’, mas até hoje a liberdade não chegou para o povo, que continua oprimido e subjugado pela fome e pela miséria. Bombardearam os sérvios na guerra civil da ex-Iugoslávia entre 1994 e 1995, para ‘acabar com a guerra’, voltando a bombardear a Sérvia em 1999, alegando ‘lutar pela paz’ na província de Kosovo e matando cerca de 10 mil civis (os “efeitos colaterais” das armas de “precisão cirúrgica“ de sempre). Na guerra de Kosovo, as armas inteligentes estadunidenses acertaram até a embaixada chinesa em Belgrado, além de escolas, feiras, barragens hidrelétricas e hospitais. Em 1998 e 1999 os EUA bombardearam o Sudão e o Afeganistão alegando combater grupos terroristas, mas vitimando centenas de civis, mesmo usando apenas “armas inteligentes” e de “precisão cirúrgica”. Em 2001-2002, nos bombardeios contra o Afeganistão, as armas de “precisão cirúrgica” acertaram pontes, bairros residenciais, comboios de agricultores, delegacias de polícia, escolas, mesquitas e hospitais. Talvez a “precisão cirúrgica” de que eles tanto falam, seja porque ‘só acertam hospitais’... por isso precisão ‘cirúrgica’...
Em 2001 os EUA começaram a bombardear o Afeganistão (cerca de 6 a 8 mil civis mortos) e derrubam o governo Taleban alegando que o grupo defendia terroristas, o que justificou dar suporte para a ascensão de um novo governo que correspondesse aos seus interesses de construir gasodutos e oleodutos na região, para escoar o petróleo e gás natural da Ásia Central para o Índico. Esta guerra contra o terrorismo talvez seja uma das quais os interesses econômicos escusos estejam mais evidentes nos últimos tempos, já que os grupos econômicos que mais lucraram com ela são a indústria bélica e a indústria petrolífera, os dois grupos que financiaram a campanha eleitoral de Bush.
Entretanto, os Estados Unidos apoiaram, financiaram, treinaram e armaram movimentos guerrilheiros de direita ou grupos terroristas anti-soviéticos (muitos treinados pela própria CIA) em diversos países da América Latina e da África, como os já citados, ou ainda, no continente asiático, como no Iêmen, Afeganistão, Síria, Paquistão, Iraque, Irã, Líbano, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Camboja, Vietnã e Laos.
Nos anos 90, os EUA começam a dar auxílio financeiro a movimentos guerrilheiros e terroristas na própria ex-URSS, como os separatistas islâmicos na Chechênia e Daguestão, ou a grupos guerrilheiros na ex-Iugoslávia, Bósnia, Croácia e Kosovo. Na Turquia, desde os anos 80, os EUA financiam a campanha genocida do governo turco contra a minoria separatista dos curdos, que já resultou em mais de 300 cidades destruídas e 2 milhões de refugiados (os mesmos curdos que os EUA se diz tão preocupado em defender no Iraque).
Também na década de 1990, os norte-americanos têm financiado o violento governo Colombiano além de grupos paramilitares de direita e mercenários, na luta contra as guerrilhas de esquerda na Colômbia, com a justificativa de combater o narcotráfico, apesar de os paramilitares e mercenários de direita já terem assumido sua ligação com o tráfico de drogas e serem responsáveis por 70% dos massacres ocorridos no país nos últimos anos. Vale lembrar ainda que os reais interesses são outros, já que o maior importador de drogas do mundo são os EUA e que, segundo economistas especialistas em mercados financeiros, algo em torno de 10 a 20% do dinheiro que movimenta as bolsas de valores norte-americanas hoje, vem da lavagem de dinheiro do narcotráfico. Além disso, os EUA são responsáveis por 99% das exportações legais de folhas de coca da Colômbia, e estão tentando manter seu controle monopólico sobre esse mercado.
Em decorrência desses inúmeros conflitos, guerras e intervenções, os Estados Unidos são o país que mais investe no setor bélico do mundo. Os gastos mundiais em armas, ou seja, as indústrias bélicas, movimentam cerca de 850 bilhões de dólares por ano, sendo que somente o orçamento militar dos EUA é de 340 bilhões. Além disso, os EUA são o maior vendedor de armas do mundo, responsável por metade das exportações mundiais. Só para uma comparação, poderosos setores industriais modernos como os de chips de computadores ou o setor farmacoquímico de remédios movimentam cerca de 150 e 200 bilhões de dólares, respectivamente, por ano no mundo todo.
Os EUA têm dificultado os tratados mundiais para banir armas químicas, rejeitaram um tratado internacional contra armas biológicas e boicotaram abertamente todas as tentativas da ONU e de organizações pela paz mundial de proibir a produção mundial de minas antipessoal, que matam mais de 30 mil e mutilam 1 milhão de pessoas por ano, no mundo todo, sendo mais da metade crianças. Na recente guerra contra o Afeganistão, os EUA despejaram toneladas de minas antipessoal sobre o país, usando grandes bombardeiros B-1. Ainda mais recentemente (Abril-2002), os EUA conseguiram destituir o brasileiro José Maurício Bustani da presidência da Opaq (Organização para Proscrição de Armas Químicas), porque este queria realmente fiscalizar e inspecionar as instalações iraquianas, de maneira séria, para permitir que o Iraque chegasse até a assinar o acordo de banimento de armas químicas. Ou seja, poderia acabar provando que este país não fabrica mais armas químicas, o que acabaria por retirar os últimos pretextos dos EUA para bombardear o país.
E, por fim, num dos mais recentes exemplos da “campanha de combate mundial ao Terror”, os Estados Unidos se uniram aos países que acusam de terroristas (Iraque, Síria, Líbia) para rejeitar a criação de uma Corte Penal Internacional para punir crimes contra a humanidade, crimes de guerra e terrorismo.
E apesar de tudo isso, os Estados Unidos são tidos como o maior exemplo de democracia do mundo...
Esta imagem de “democracia” é forte principalmente dentro do próprio país. Dois terços dos formadores de opinião (cientistas, jornalistas, professores) norte-americanos acreditam que os outros países do mundo os admiram pela liberdade e democracia. Após os atentados de 11 de setembro, até a liberdade individual que existia dentro dos EUA passou a ser restringida, sendo que atualmente está sendo institucionalizado o desrespeito aos direitos humanos, principalmente dos estrangeiros, permitindo a prisão sem processo, sem direito a recorrer e por tempo indeterminado de qualquer suspeito estrangeiro de ser terrorista, permitindo inclusive o julgamento e até a pena de morte realizados secretamente, sem direito a defesa e no mais absoluto sigilo. A luta contra o terror está terminando de corroer os direitos e instituições democráticas que existiam dentro do país. Já se fala até em oficializar a tortura.
No plano social ainda temos o fato de que a estrutura político-econômica mundial capitalista e a atual ordem de poder mundial, que os EUA tanto lutam para manter, inclusive com o uso da força contra os mais fracos, é um sistema econômico baseado na injustiça e na exploração, que só aumenta as desigualdades e a distância entre ricos e pobres. É um sistema que permite que mais 2 bilhões de pessoas vivam abaixo da linha de miséria, mais de 1 bilhão de pessoas passem fome no mundo e tenhamos a morte de 36 mil pessoas, de fome, por dia no mundo. Ou seja, os Estados Unidos mantém e lutam para manter um sistema político-econômico que mata por dia, 12 vezes mais que os 3.000 mortos dos atentados do World Trade Center, só que de fome! Pela lógica, os EUA deveriam investir 12 vezes mais na luta contra a fome e a miséria do que na luta contra o terrorismo que, aliás, eles próprios criaram. Ao invés disso aumentam ainda mais seus gastos com armas, aumentaram o orçamento militar em mais US$ 20 bilhões em 2002 e planejam aumentar ainda mais esses gastos (chamados de “investimentos”) em 2003.
Se o nosso sistema democrático, ou melhor, o que chamamos de “democracia”, permite a manutenção dessas desigualdades, dessas guerras, dessa miséria, dessa falta de liberdade, dessa opressão, permitindo o uso freqüente da força pelos grupos dominantes, além de milhares de mortes constantes, devemos reconsiderar se realmente vivemos numa democracia, se esse sistema é realmente democrático e, principalmente, se desejamos a manutenção desse sistema, que podemos observar que é extremamente cruel, frio e assassino. Mais ainda, devemos refletir sobre as alternativas que temos e lutar para tentar mudar esse sistema. Porque se sabemos de tudo isso, não concordamos, mas não fazemos absolutamente nada, não lutamos contra esse sistema, nem combatemos sua opressão, então somos coniventes e a conivência neste caso acaba nos tornando, também, culpados.

Prof. Lucas Kerr de Oliveira, Revista Caros Amigos, agosto de 2002.