quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O alienado e cortês

Coitado do cortês J. Nunes, o bom senso para ele morreu, acredito que ele morreu junto.

O pior que morreu a família toda.

Ele perdeu mais que o bom senso, perdeu o senso crítico.

O grande problema do J. Nunes é ser mal informado, caso assim não fosse, não escreveria esse conjunto de inutilidades sobre bom senso e pedisse para circular a outros corteses via internet, isso sim é uma grande falta de bom senso.

Ao generalizar o comportamento humano pelo noticiário da televisão, ele perdeu definitivamente o senso crítico e em defesa da indústria de armas, nos dá a idéia de que deveríamos todos criar a nossa própria defesa e de que direitos humanos existem para criminosos, enquanto é exatamente o contrário, aos criminosos - cadeia.

É importante saber que a mídia mundial é controlada por quatro empresas norte-americanas: CNN, CBS, NBC e FOX.

Estas empresas somente noticiam aquilo que interessa aos EUA e seus aliados econômicos, as empresas multinacionais e aos banqueiros internacionais, seguindo a ideologia deles, ou seja, a ideologia do lucro, do dinheiro, pouco importam as pessoas.

Assim, não há a menor possibilidade de isenção por parte delas, pois quem as sustenta detêm o poder mundial.

Da mesma forma, no Brasil, aqueles que acreditam na Rede Globo, Veja, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, denominados por alguns jornalistas conscientes como o PIG – Partido da Imprensa Golpista, por causa das mentiras veiculadas em seus jornais diários, vivem em outro mundo, um mundo virtual engendrado por estes.

Criam à ilusão de defenderem os interesses do povo brasileiro, quando na verdade, defendem os interesses alienígenas, dos multimilionários especuladores, pregando que um país maravilhoso como o nosso, com um povo encantador e de riquezas abundantes seja um país “emergente” e assim devesse ficar.

O Brasil, desde 2007, ocupa a 6ª posição no “ranking” da economia mundial, respondendo por 2,88% da riqueza produzida no mundo e PIB de quase US$ 2 trilhões, de acordo com o Banco Mundial, sem computar as riquezas geradas pelo pré-sal, que começou a criar o interesse de estrangeiros em investimentos no país, mesmo com recursos dele provenientes previstos para daqui a alguns anos.

O nosso país, que de “emergente” não tem nada, ao rivalizar-se economicamente com países como Inglaterra, França e Alemanha, tidos como de primeiro mundo.

Mas, essa e outras notícias importantes passam despercebidas pela maioria das pessoas ou são mascaradas pela mídia, de outra forma, como justificar diferença tão grande entre a população mais rica e a mais pobre, a péssima distribuição de renda entre elas, sendo o Brasil considerado o país com a segunda pior distribuição de renda no mundo, perdendo somente para Serra Leoa, na África.

Se não houvesse o mito do país “emergente”, como justificar que o povo viva tão mal, com a falta de educação, saúde, transporte, habitação, enquanto as multinacionais e bancos ganham tanto dinheiro? Fazendo vultosas transferências para as matrizes.

Como justificar a violência e o tráfico de drogas? Como justificar a violência contra as crianças, abandonando-as ao trabalho escravo? Tendo sido escravos desse sistema perverso, seus pais também? Como justificar o mito de que pobre não gosta de trabalhar e que se receber ajuda vai ficar mais vagabundo ainda?

Mesmo com o melhor governo que este país teve nos últimos 500 anos, pois o atual governo conseguiu promover a ascensão de classe social a 31 milhões de brasileiros, entre 2003 e 2008, segundo pesquisa da FGV, baseada no PNAD 2008, graças ao programa Bolsa Família, milhões de famílias estão saindo do ciclo da miséria, além de outras ações sociais, como o reajuste do salário mínimo acima da inflação, é difícil debelar o mito.

Em um país rico como o nosso não se justifica um sistema tão perverso de distribuição de renda, no qual os 10% mais ricos ficam com 47% da renda total do país, enquanto os 50% mais pobres, com apenas 12%, dados de 2003, segundo o PNAD/IBGE.

Muito menos ainda, tanta violência praticada contra os mais pobres, tanto na cidade como no campo, tratando, por exemplo, os membros do MST como bandidos e o que na verdade eles buscam é o direito constitucional a propriedade, negada pelos grileiros e usurpadores, defendidos por maus políticos, maus empresários e pela mídia irresponsável, transformando um direito em luta ideológica.

Nenhum país, em nenhum lugar do mundo pode ter pessoas passando fome, é uma vergonha que se conviva com tamanho absurdo, com tanta desumanidade, esse é um mal a ser combatido, o mundo tem recursos financeiros suficientes para isso e ainda sobra.

A mídia noticia essas informações de maneira distante, como se fosse um problema insolúvel e pontual, que não tivesse ao nosso alcance a sua solução, que caberia a outros e não a nós.

Mas a verdade é que se trata de responsabilidade de todos nós e não algo singular, pois aqueles melhores aquinhoados com a sorte, baseados em notícias hipócritas divulgadas pela mídia, desconhecem a realidade do povo, as causas reais da violência e os riscos que os mais pobres são diariamente acometidos, por conta da sua maior vulnerabilidade.

Temos de buscar informações em outras e variadas fontes para consolidar o nosso conhecimento sobre as causas e as consequências da situação que este país se encontra, assumindo nossa responsabilidade sobre o que acontece, para revertermos à situação que chegamos e permanecemos.

O J. Nunes, no conforto do lar, fica a pensar no seu próprio umbigo, alienado da realidade e entre uma novela e outra, assiste o jornal nacional e lê bobagem.

Na verdade não sei se o J. Nunes é mal informado ou tendencioso, não o conheço! Mas, conheço as consequências das mentiras a que somos submetidos pela mídia: miséria, corrupção, escravidão, alienação política e cultural, etc...

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