domingo, 5 de agosto de 2007

ACIDENTES AÉREOS

Os acidentes aéreos sempre foram comoventes, talvez pela característica do meio de transporte o "mais pesado que o ar" desafia a natureza ao colocar no ar até 500 pessoas de uma vez, muitas delas rezando para o avião desça logo, entrementes, tornou-se um meio de transporte tão importante pelas distâncias percorridas e rapidez desenvolvidas pelas aeronaves, que aqueles que voam se predispõem aos riscos que porventura corram.
Na verdade, a modernidade deixou este meio de transporte tão seguro que, segundo estatísticas, a possibilidade de morrer em um acidente aéreo é a mesma de ser atingido por um raio, um risco algo em torno de um por milhão, ou seja, uma chance em um milhão de ser atingido pelo tal raio, que sem dúvida tem que ser fatal, senão não vale.
Mas, em nosso país as coisas acontecem e por coincidência de maneira mais trágica que o normal a ponto de em menos de um ano, dois acidentes ceifarem 353 vidas, após um tempo razoável sem acidentes, o último de grandes proporções acorreu em 1996, em São Paulo, no mesmo aeroporto que se deu o último, ambas as vezes, pelas más condições operacionais, que há 10 anos atrás já não suportava as condições de tráfego, que continuaram a colocar em risco aqueles que voam até hoje.
Portanto, há 10 anos os nossos irresponsáveis administradores estão sem solução para um problema que até pode durar mais 10 anos, mais 10 anos, mais 10 anos ...
Para que não haja solução mesmo, agora uns culpam os outros. Os administradores culpam os operadores, que culpam o governo, que culpa o ministro, que culpa o outro ministro, que culpava o outro governo, que culpava os operadores, que culpavam os administradores e assim vai.
Será que no Brasil essa estatística funciona? Neste momento não está funcionando não, melhor viajar de ônibus, já que trem não tem mais, que pena, trem era tão bom e seguro, bem melhor que as atuais estradas por onde circulam os ônibus, que tem contra elas estatísticas mostrando que no ano passado morreram mais de 30.000 viajantes.
Pelo jeito o melhor é andar a pé e correr o risco do raio.