terça-feira, 26 de abril de 2011

SERRA E ALCKMIN: A CORDA E O PESCOÇO

           Serra & Kassab deram mais um giro na política de destruição do PSDB de SP criando um cenário de guerra fratricida no coração do governo Alckmin. O esvaziamento municipal das bases do partido, iniciado na semana passada com a saída de sete vereadores da legenda, teve novo capítulo nesta 2º feira com a desfiliação de Walter Feldman, um dos fundadores da sigla e serrista notório. Jogado às feras pelo desafeto, Alckmin revira o saco de maldades, amplo, e expõe à luz do sol as mazelas entranhadas na administração serrista nas áreas da educação, transportes, urbanismo etc. A autópsia do ‘grande gestor' ganhou contornos de crime de prevaricação e talvez explique o revide dos serristas no final da tarde da 2ºfeira , com a saída de Feldman. Segundo a insuspeita 'Folha de SP' (25-04) Alckmin desativou um gigantesco esquema de ‘terceirização' de recursos educacionais que deveriam servir à rede pública mas foram transferidos pela dupla Serra & Paulo Renato a convênios privados na prestação de serviços de ensino de inglês. Detalhe da ‘eficiência do projeto': serviços terceirizados para aulas não obrigatórias, fora do horário regular dos estudantes. Custo do acepipe aos cofres públicos: R$ 41 milhões por ano. Total destinado a mesma finalidade nos centros de inglês do Estado (sim, eles existem): R$ 810 mil. Em síntese, Serra e Paulo Renato gastaram R$ 507 reais por aluno fora da rede num projeto no mínimo mal desenhado. Reservaram ao ensino público equivalente R$ 14 por aluno. É a velha metodologia tucana: sucatear o que é público para legitimar o privado. A guerra suja dentro do PSDB de São Paulo soa como um balão de ensaio: Serra quer se impor nacionalmente como única alternativa tucana em 2014. Seus métodos são conhecidos. A disputa assume contornos de uma embate sem volta entre a corda e o pescoço. Resta saber quem será o pescoço.



(Carta Maior; 3º feira, 26/04/2011)
 
Leia mais no sítio:
http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?alterarHomeAtual=1

terça-feira, 19 de abril de 2011

Internet lenta e cara entrava a indústria

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado na semana passada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) confirma que a internet no Brasil é cara, lenta, com cobertura geográfica desigual e com metas de expansão muito tímidas para as necessidades do país. Este quadro negativo, segundo a entidade, tende a ser um forte obstáculo ao crescimento industrial e ao desenvolvimento econômico do país.
No Brasil, a conexão à velocidade de 1 Mbps custa, em média, R$ 70,85 por mês, equivalente a US$ 42,80. Esse serviço custa US$ 9,30 na Alemanha, US$ 12,40 em Taiwan, US$ 28,60 no Canadá, e US$ 40 nos EUA. As disparidades regionais também são gritantes. No Amapá, a banda larga de 1 Mbps custa R$ 429,90, seis vezes a média nacional, devido às dificuldades de conexão.
Uma banda bem estreita
Além de caro, a internet é lenta. O serviço mais simples oferece velocidade de download de 150 Kbps (kilobyte por segundo, um milésimo de Mbps), cerca de cinco vezes menor do que a velocidade mínima considerada como banda larga nos EUA. No Japão, a velocidade mínima é de 12 Mbps, 80 vezes superior à brasileira; na França, de 8 Mbps, 53 vezes maior; na Itália, de 7 Mbps, 45 vezes mais rápida; e no Uruguai, de 3 Mbps, 20 vezes.
Preocupada com os lucros empresarias, a Firjan aponta a urgência da alteração deste quadro. Ela lembra que a internet de 100 Mbps é a ideal para as grandes empresas e que só existe em 13 Estados. Como forma de superar o gargalo, a entidade defende maiores investimentos públicos, mas também propõe o corte de tributos para o serviço.
PNBL: positivo, mas tímido
O estudo já foi encaminhado ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e ao presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg. A Firjan elogia as iniciativas do governo para expandir o serviço, através do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU). Mas observa que as metas ainda são tímidas.
Pelo plano do governo, até 2014 serão atendidos com serviços de conexão em banda larga 50% dos domicílios brasileiros, todas as micro e pequenas empresas e todos os órgãos públicos. Também deverão estar em operação pelo menos 100 mil telecentros. A Firjan lembra que, para 2014, a Alemanha prevê o atendimento de 75% dos domicílios com acesso à velocidade de 50 Mbps; e a Austrália, 90% dos domicílios com 100 Mbps, por rede de fibra ótica.

Leia mais no sítio do Altamiro Borges, abaixo:
http://altamiroborges.blogspot.com/2011/04/internet-lenta-e-cara-entrava-industria.html

Os sacerdotes da privataria e seus braços ideológicos

É de um cinismo e desfaçatez vergonhosa a caricatura que Gustavo Ioschpe, articulista da revista Veja, faz da luta docente por condições de trabalho e salário dignos. Caberia perguntar se o douto senhor estaria tranquilo com um salário base de R$ 1.487,97, por quarenta horas semanais, para lecionar em até 10 turmas de cinquenta jovens. O desafio é: em vez de “peitar os sindicatos”, convide a sua turma para trabalhar 40 horas e acumular essa “fortuna” de salário básico. Ou, se preferir fazer um pouco mais, trabalhar em três turnos e em escolas diferentes. O artigo é de Gaudêncio Frigotto, Zacarias Gama, Eveline Algebaile, Vânia Cardoso da Mota e Hélder Molina.

Vários meios de comunicação utilizam-se de seu poder unilateral para realizar ataques truculentos a quem ousa contrariar seus interesses. O artigo de Gustavo Ioschpe, da edição de 12 de abril de 2011 da revista Veja (a campeã disparada do pensamento ultra-conservador no Brasil), não apenas confirma a opção deliberada da revista em atuar como agência de desinformação – trafegando interesses privados mal disfarçados de interesse de todos –, como mostra o exercício dessa opção pela sua mais degradada face, cujo nível, deploravelmente baixo, começa pelo título – “hora de peitar os sindicatos”. Com a arrogância que o caracteriza como aprendiz de escriba, desde o início de seu texto, o autor considera patrulha ideológica qualquer discordância das suas parvoíces.

Na década de 1960, Pier Paolo Pasolini escrevia que o fascismo arranhou a Itália, mas o monopólio da mídia a arruinou. Cinquenta anos depois, a história lhe deu inteira razão. O mesmo poderia ser dito a respeito das ditaduras e reiterados golpes que violentaram vidas, saquearam o Brasil, enquanto o monopólio privado da mídia o arruinava e o arruínam. Com efeito, os barões da mídia, ao mesmo tempo em que esbravejam pela liberdade de imprensa, usam todo o seu poder para impedir qualquer medida de regulação que contrarie seus interesses, como no caso exemplar da sua oposição à regulamentação da profissão de jornalista. Os áulicos e acólitos desta corte fazem-lhe coro. 

O que trafega nessa grande mídia, no mais das vezes, são artigos de prepostos da privataria, cheios de clichês adornados de cientificismo para desqualificar, criminalizar e jogar a sociedade contra os movimentos sociais que lutam pelos direitos que lhes são usurpados, especialmente contra os sindicatos que, num contexto de relações de super- exploração e intensificação do trabalho, lutam para resguardar minimamente os interesses dos trabalhadores.

Os artigos do senhor Gustavo Ioschpe são um exemplo constrangedor dessa “vocação”. Os argumentos que utiliza no artigo recentemente publicado impressionam, seja pela tamanha tacanhez e analfabetismo cívico e social, seja pelo descomunal cinismo diante de uma categoria com os maiores índices de doenças provenientes da super-intensificação das condições precárias de trabalho.

Um dos argumentos fundamentais de Ioschpe é explicitado na seguinte afirmação:

"Cada vez mais a pesquisa demonstra que aquilo que é bom para o aluno na verdade faz com que o professor tenha que trabalhar mais, passar mais dever de casa, mais testes, ocupar de forma mais criativa o tempo de sala de aula, aprofundar-se no assunto que leciona. E aquilo que é bom para o professor – aulas mais curtas, maior salário, mais férias, maior estabilidade no emprego para montar seu plano de aula e faltar ao trabalho quando for necessário - é irrelevante ou até maléfico aos alunos".

A partir deste raciocínio de lógica formal, feito às canhas, tira duas conclusões bizarras. A primeira é relativa à atribuição do poder dos sindicatos ao seu suposto conflito de interesses com “a sociedade representada por seus filhos/alunos”: “É por haver esse potencial conflito de interesses entre a sociedade representada por seus filhos/alunos e os professores e funcionários da educação que o papel do sindicato vem ganhando importância e que os sindicatos são tão ativos (...)”.

A segunda, linearmente vinculada à anterior, tenta afirmar a existência de uma nefasta influência dos sindicatos sobre o desempenho dos alunos. Neste caso, apóia-se em pesquisa do alemão Ludger Wossmann, cujas conclusões o permitiriam afirmar que “naquelas escolas em que os sindicatos têm forte impacto na determinação do currículo os alunos têm desempenho significativamente pior”.

Os signatários deste breve texto analisam, há mais de dois anos, a agenda de trabalho de quarenta e duas entidades sindicais afiladas à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e acompanham ou atuam como afiliados nas ações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN. O que extraímos destas agendas de ação dos sindicatos é, em tudo, contrário às delirantes e deletérias conclusões do articulista.

Em vez de citar pesquisas de segunda mão, para mostrar erudição e cientificidade em seu argumento, deveria apreender o que demanda uma análise efetivamente científica da realidade. Isto implicaria que de fato pesquisasse sobre a ação sindical docente e sobre os processos econômico-sociais e as políticas públicas com as quais se confrontam e dialogam e a partir das quais se constituem. Não imaginamos que um filho de banqueiros ignore que os bancos, os industriais, os latifundiários, a grande mídia têm suas federações ou organizações que fazem lobbies para ter as benesses do fundo público. 

Um efetivo envolvimento com as pesquisas e com os processos sociais permitiria ao autor perceber onde se situam os verdadeiros antagonismos e “descobrir” que os sindicatos não se criaram puxando-se de um atoleiro pelos cabelos – à moda do Barão de Münchhausen –, auto inventando-se, muito menos se confrontando com os alunos e pais de alunos.

As análises que não levam isto em conta, que se inventam puxando-se pelos cabelos a partir dos atoleiros dos próprios interesses, não conseguem apreender minimamente os sentidos dessa realidade e resultam na sequência constrangedora de banalidades e de afirmações levianas como as de Ioschpe.

Uma das mais gritantes é relativa ao entendimento do autor sobre quem representa a sociedade no processo educativo. É forçoso lembrar ao douto analista que os professores, a direção da escola e os sindicatos também pertencem à sociedade e não são filhos de banqueiros nem se locupletam com vantagens provenientes dos donos do poder.

Ademais, valeria ao articulista inscrever-se num curso de história social, política e econômica para aprender uma elementar lição: o sindicato faz parte do que define a legalidade formal de uma sociedade capitalista, mas o ultra conservadorismo da revista na qual escreve e com a qual se identifica já não o reconhece em tempos de vingança do capital contra os trabalhadores.

Cabe ressaltar que todos os trocadilhos e as afirmações enfáticas não conseguem encobrir os interesses privados que defende e que afetam destrutivamente o sentido e o direito de educação básica pública, universal, gratuita, laica e unitária.

Ao contrário do que afirma a respeito da influência dos sindicatos nos currículos, o que está mediocrizando a educação básica pública é a ingerência de institutos privados, bancos e financistas do agronegócio, que infestam os conteúdos escolares com cartilhas que empobrecem o processo de formação humana com o discurso único do mercado – educação de empreendedores. E que, muitas vezes com a anuência de grande parte das administrações públicas, retiram do professor a autoridade e autonomia sobre o que ensinar e como ensinar dentro do projeto pedagógico que, por direito, eles constroem coletivamente e a partir de sua realidade.

O que o sr. Ioschpe não mostra, descaradamente, é que esses institutos privados não buscam a educação pública de qualidade e nem atender o interesse dos pais e alunos, mas lucrar com a venda de pacotes de ensino, de metodologias pasteurizadas e de assessorias.

Por fim, é de um cinismo e desfaçatez vergonhosa a caricatura que o articulista faz da luta docente por condições de trabalho e salário dignos. Caberia perguntar se o douto senhor estaria tranquilo com um salário base de R$ 1.487,97, por quarenta horas semanais, para lecionar em até 10 turmas de cinquenta jovens. O desafio é: em vez de “peitar os sindicatos”, convide a sua turma para trabalhar 40 horas e acumular essa “fortuna” de salário básico. Ou, se preferir fazer um pouco mais, trabalhar em três turnos e em escolas diferentes. Provavelmente, este piso para os docentes tem um valor bem menor que o que recebe o articulista para desqualificar e criminalizar, irresponsavelmente, uma instituição social que representa a maior parcela de trabalhadores no mundo.

Mas a preocupação do articulista e da revista que o acolhe pode ir aumentando, porque quando o cinismo e a desfaçatez vão além da conta, ajudam a entender que aqueles que ainda não estão sindicalizados devem fazê-lo o mais rápido possível. 

Gaudêncio Frigotto, Zacarias Gama, Eveline Algebaile são professores do
Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH/UERJ).

Vânia Cardoso da Mota é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e colaboradora do PPFH/UERJ.

Hélder Molina é educador, assessor sindical e doutorando do PPFH/UERJ.

Este artigo foi publicado originalmente na Revista Carta Maior, leia mais no sítio abaixo:

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aéccio dirigindo bêbado e sem carteira e protegido pela mídia vil.

A imprensa marron, por um dos seus bonecos articulados, no jornaleco “Bom dia Brazil”, ao comentar o fato de que o senador Aéccio Neves foi flagrado em blitz pela policia dirigindo bêbado e sem carteira de motorista, disse que o senador “preferiu” não fazer o teste do bafômetro porque contratou um motorista profissional para conduzir o veículo que estava.

Essa mesma mídia vil, que injustamente “baixa o pau” sem dó e nem piedade no Lula e na presidenta Dilma, chamando um de cachaceiro e a outra de terrorista, embora tenham feito por este país e pelos brasileiros muito mais que muitos aéccinhos em 502 anos de história.

Quando se trata de um dos seus apaniguados, minimiza o fato ou distorce a notícia protegendo aqueles que tanto mal fazem ou fizeram ao país escondendo a verdade que o povo precisa conhecer.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A síndrome anti-Lula.

A descaracterização do valor de Lula para a sociedade brasileira pela desconstrução da sua imagem tornou-se maior interesse pregado pela mídia vil.



Exemplo desse comportamento está bem claro no comentário do articulista da Folha SP Fernando de Barros e Silva, ao chamá-lo de “espertalhão” nesta semana. Comportamento comum na mídia conservadora, que não admite o reconhecimento público daquilo que Lula fez pelo país, que prefere o país nas garras dos norte-americanos e o povo na miséria, desde que ganhem as benesses do embaixador americano.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O matador de Realengo, o plebiscito de 2005 e a violência mundial.

Quem é o culpado pelas mortes no Rio? A única culpada é a mídia canalha! Por quê? Ao invés de promover debates civilizados sobre o assunto, passou vendendo a mentira de que as pessoas comuns não poderiam viver sem a possibilidade de ter armas em casa para a sua defesa, patrocinada pelos fabricantes de armas, a população por meio do plebiscito de 2005 acabou por referendar o comércio de armas de fogo sem as restrições impostas pela lei que surgiriam posteriormente à decisão.



Qualquer arma é um instrumento da morte e a sua finalidade é única não tendo outra serventia, só serve para matar.


Um dos argumentos da época em defesa das armas era de que não poderiam ser produzidas facas porque elas também servem para matar, esquecendo as diferenças racionais entre ambas, a faca tem outra finalidade específica.


A mídia vil está buscando por qualquer meio a isenção dos fabricantes de armas e para isso tentarão reativar a mentira terrorista, de que grupos muçulmanos poderiam influenciar o autor a violência caindo em contradição, pois ela mesma é quem inventou Bin Laden e Al Quaeda como terroristas mundiais e ela é co-patrocinadora da violência contra países como o Iraque e atualmente a Líbia ajudando o império norte-americano na matança de mulheres, velhos e crianças.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Celso Amorim: o desassombro como virtude.

Por: Marco Aurélio Weissheimer

O sucesso da política externa brasileira nos últimos anos deve-se à presença forte do presidente Lula, à constelação política que se formou no país e também a uma atitude de desassombro, no sentido etimológico da palavra, ou seja, uma atitude de não ter medo da própria sombra. O Brasil deixou de ter medo da própria sombra. Foi assim que o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, definiu a política externa implementada pelo país nos últimos oito anos. O chanceler que percorreu o mundo ao lado do presidente Lula falou para um auditório lotado de estudantes de Relações Internacionais – em sua maioria -, na tarde desta quinta-feira, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Celso Amorim veio a Porto Alegre a convite do governo do Estado, com apoio da Fundação de Economia e Estatística (FEE), do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (Cegov) e do Núcleo de Estratégias e Relações Internacionais (Nerint), da UFRGS. Na abertura do encontro na Faculdade de Direito, o governador Tarso Genro apresentou Amorim como responsável por uma linha de política externa que colocou o Brasil em outro patamar no mundo. E lembrou o reconhecimento internacional que o chanceler brasileiro obteve.
Em 2009, a revista Foreign Policy, uma das mais respeitadas publicações de política externa do mundo, apontou Celso Amorim como o melhor chanceler do mundo. No ano a seguinte, a mesma revista escolheu-o como um dos cem pensadores globais mais importantes do planeta. Só quem parece não ter descoberto isso, assinalou o governador, foi a imprensa brasileira que, durante a gestão de Amorim no Itamaraty, apresentou-o como se fosse “um nacionalista fundamentalista que não gostava dos Estados Unidos”, criticando-o a partir de “uma visão pelega e subserviente de política externa”.

Em sua fala, Celso Amorim, falou do desassombro da atual política externa brasileira e do sentimento que o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues definiu como “complexo de vira lata”, ainda muito presente em alguns setores da sociedade brasileira. “Recentemente li um artigo comentando a Apologia de Sócrates, de Platão, onde ele diz que ser corajoso não é não ter medo, mas sim não ter medo daquilo que não é preciso ter medo. Muito da opinião veiculada pela mídia fica constantemente excitando nosso medo. O medo existe, é algo que está dentro de cada um de nós. Mas precisamos trabalhar para evitar que ele predomine sobre nossos sentimentos, perspectivas e visões”.

Nem os nossos mais ferozes críticos, acrescentou Amorim, podem negar que o Brasil adquiriu uma nova posição no cenário internacional. “Quem fizer uma pesquisa na imprensa internacional a respeito do que foi veiculado sobre o Brasil na época da última eleição presidencial verá como a nossa política externa foi tema de debate fora do país”. Vários adjetivos foram utilizados para definir a nossa política. O jornal Le Monde classificou-a como “imaginativa”. A própria Foreign Policy usou um termo que não é muito comum em língua portuguesa, chamando nossa política de “transformativa”, logo após nosso reconhecimento do Estado palestino. “Uma amiga minha brincou”, contou Amorim, “que, no final de 2010, quando todo mundo pensava que o governo já tinha acabado, veio o reconhecimento do Estado palestino, e depois, nos últimos dias mesmo, veio a adoção de quotas para negros na primeira fase do exame para o Instituto Rio Branco (Itamaraty). Essas coisas mexem muito com a cabeça das pessoas. Até por isso é alvo de críticas e polêmicas. É uma área da política que mexe muito com conceitos”.

E foi esse, justamente, um dos principais pontos da fala de Amorim. Ele enfatizou a importância do conceito de desassombro na política e na vida (das pessoas e dos Estados), defendendo que o Rio Grande do Sul volte a ter essa postura no cenário nacional. “O Rio Grande do Sul sempre foi um Estado muito politizado que influenciou o Brasil diversas vezes com ideias, energia e vontade política”. Mais do que uma disposição voluntarista, acrescentou, essa é uma exigência do mundo de hoje que está mudando de modo dramático.
Questionado sobre uma suposta solução de continuidade entre a política externa do governo Lula e a do governo Dilma, tema que vem sendo martelado com insistência na imprensa brasileira, Amorim negou que isso esteja acontecendo. As linhas gerais da política são as mesmas: defesa do interesse nacional, uma visão de solidariedade em relação aos outros povos e países e princípio da não indiferença em relação aos problemas do mundo. “Não vejo diferença nem profunda, nem superficial, na condução da nossa política externa. Isso não quer dizer que não possam existir diferenças pontuais na hora de decidir sobre questões particulares”.

O elogio do desassombro feito por Amorim foi muito aplaudido pelos estudantes que, ao final do debate, fizeram fila e disputaram centímetros para chegar perto e tirar uma foto com um dos brasileiros mais influentes do planeta nos últimos anos.

Leia mais opiniões do autor, no sítio: http://rsurgente.opsblog.org/

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O discurso do Aéccio no Senado.

O inconsistente projeto eleitoral do Aéccinho ficou no discurso político sem valor, próprio de quem não tem nada a dizer ou acrescentar ao povo brasileiro.



Os bacorejos do senador servem unicamente para o contentamento da mídia hipócrita, defensora dos ricos.


Aéccinho perdeu a chance de explicar o desvio de R$ 4,3 bilhões entre 2003 e 2008 da COPASA, em parceria com o Anestesia, conforme com Ação Civil Pública proposta pelos promotores Eduardo Nepomuceno, Josely Ramos e João Medeiros em tramitação na 5ª Vara da Fazenda Pública em Belo Horizonte, fato que a mídia canalha não divulga.

Leia mais no sítio: http://ajosp.blogspot.com/2010/09/anastasia-e-aecio-neves-devem-ser.html

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O dia que durou 21 anos.

A propósito da série apresentada pela TV Brasil, “O dia que durou 21 anos”, cabem algumas considerações:



- o mesmo discurso usado pela mídia golpista em 64 é usado pelos EUA e Europa, para atacarem países indefesos com a finalidade de solapar o butim do povo vitimado e continua sendo usado atualmente no maior descaramento, na defesa dos interesses dos ricos e poderosos.


- a estrutura do processo de desmonte da verdade nos países que serão dominados inicia-se com a propaganda de descrédito dos políticos, generalizando o comportamento corrupto de alguns para destruir as instituições do país alvo.


- sob a desculpa de implantar a democracia no país, o golpe militar de 64 - patrocinado pela CIA, fez o país amargar 21 anos de ditadura militar e conviver com a ditadura econômica imposta pelos EUA, até hoje.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

MST: imune pela verdade.

O jornaleco Estadão, que faz parte do renque dos defensores dos milionários norte-americanos e europeus no país, disse na quinta-feira passada, dia 31/03/2011, que o MST “- que depois se transformou em organização clandestina voltada para a subversão da ordem democrática e a destruição do capitalismo” e o resto são porcarias e não deve e nem precisa ser repetido, pois esse trecho reflete muito bem a preconceito injustificável de quem escreveu o artigo com o título de “O arrefecimento do MST”, contra um dos movimentos populares brasileiros mais importantes pela sua atuação em nível nacional e a sua expressão mundial.



A legalidade da MST já foi exaustivamente provada e não precisa pregar a destruição do capitalismo, pois o processo autofágico é próprio da concepção capitalista.


O jornaleco que apóia e apoiou descaradamente as mais sanguinárias ditaduras no Brasil e pelo mundo afora, para agradar os países imperiais, tem a cara de pau de escrever um absurdo como esse. O texto é insensato que termina dizendo que o MST é anacrônico. Anacrônico é esse jornaleco reacionário com mentalidade da idade média, contrário aos interesses do povo brasileiro, que acabará junto com o capitalismo pregado por eles.

Energia elétrica no Brasil a partir de 2014.

Graças à melhor administração que este país teve em 502 anos de história, feita pelo ex-presidente Lula, o Brasil chegará em 2014 com um excedente de energia de 5.000 Megawatts, ou seja, vai sobrar energia elétrica no país, isso segundo o presidente da EPE – Empresa de Pesquisa Energética Maurício Tolmasquim, o que já fez a ANEEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica sinalizar que os contratos de concessão que vencerem a partir de 2015 passarão obrigatoriamente por redução de tarifas, ou seja, além de favorecer o desenvolvimento do país, as contas de eletricidade ficarão mais baratas. Tchau defensores dos interesse alienígenas!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lula: doutor honoris causa

Infelizmente, por conta do boicote da mídia canalha contra o Lula, só soubemos que ele foi dignificado com o título de “doutor honoris causa”, pela Universidade de Coimbra, por causa da morte de José Alencar, ex-grande parceiro do Brasil. No entanto, se o Obama ou a Michele derem um espirro lá no raio que os parta, os canalhas agentes do capital farão na hora o maior estardalhaço.