sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Novos anos, novos tempos!

Parabéns, povo brasileiro! Novos anos, novos tempos!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O governo Lula contra a corrupção

A voragem desencadeada “nunca antes neste país” pela Polícia Federal, contra a corrupção, crimes do colarinho branco, crimes contra os cofres públicos, fraudes em licitações de construtoras, máfias do caça níqueis, do jogo ilegal e tráfico de drogas, causou estragos nas hostes da bandidagem nacional, quando a PF atua é sinal de eficiência do governo no combate ao crime.



A população mal informada pela mídia e a esperteza da oposição, deixam a impressão de que houve um aumento desses crimes, ledo engano, o que sempre houve foi o tratamento impune de crimes graças à omissão de governos anteriores pela conivência com políticos e milionários em troca de apoio político e dinheiro.


Tanto que, o Procurador Geral da República do desgoverno FHC passou a ser chamado de “engavetador geral da República” pela mesma imprensa que hoje os defende, conforme se pode ler em parte da reportagem sobre o estado do Espírito Santo, que na época (2002) era governado por José Carlos Gratz (PFL), consorciado do PSDB, hoje DEMO, conforme abaixo:


O ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, apresentou pedido de intervenção federal no Estado ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que aprovou a idéia num primeiro momento. Pela função que desempenha, caberia a Brindeiro encaminhar o pedido ao Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral, no entanto, preferiu bater antes em outro endereço que não o Supremo. Pediu uma audiência ao presidente Fernando Henrique. Ao sair do encontro, Brindeiro, chamado ironicamente de "engavetador-geral da República", resolveu encerrar também esse caso, engavetando-o. Explicou, ainda, que FHC o alertara para a "inviabilidade política" da intervenção neste momento. Reale Júnior, que afirma ter consultado o presidente sobre o tema duas vezes, tendo sempre recebido sinal verde, sentiu-se publicamente desautorizado e pediu demissão”. (Veja Edição de 17/07/2002) http://veja.abril.com.br/170702/p_082.html


Essa e outras fazem parte do comportamento relativo à corrupção no desgoverno FHC e provavelmente no de Serra, caso fosse eleito, uma vez que os aliados políticos seriam os mesmos e dos quais faria vista grossa perpetuando a impunidade, pela defesa dos mesmos conceitos políticos.
 No governo Lula, mesmo em época de eleição, impensável em governos anteriores, dois governadores foram presos: José Roberto Arruda (DEMO-DF) e Pedro Dias (PP-AM), graças a intervenção da PF e o compromisso do Presidente Lula, quando disse: “...se for bandido e a gente descobrir, a gente pega”.

 
* O Procurador Geral da República e também Procurador Geral Eleitoral é o responsável pelas denúncias de crimes cometidos por políticos em nível federal, Deputados Federais, Senadores, Ministros de Estado, Presidente, Vice-Presidente e Presidente.



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Por que o Brasil não dispõe de tecnologia de ponta?

Por várias razões, dentre outras:







1 – os brasileiros, quando frequentam a escola, são treinados para trabalhar e não para pensar;

 
2 – todo o esforço em educação, gasto com a formação de inteligências brilhantes, é destinado à formação de mão de obra para trabalhar em multinacionais, com sede em outros países para onde são levados e as patentes industriais criadas para beneficio destas;

 
3 – a formação de cartéis no país por empresas estrangeiras nas décadas de 50, 60 e 70, facilitados pelos governos de Juscelino e depois pelos militares golpistas, orientados por “brilhantes economistas”* como: Eugênio Gudin, Roberto Campos, Delfim Neto, etc...

 
4 - Por falta de apoio (subsídio) a indústria nacional foi obrigada a se render aos cartéis, por não ter como concorrer sozinhas contra eles (indústrias familiares em desenvolvimento) e acabaram por vender fábricas de automóveis, televisores, indústrias de base, indústrias de transformação;

 
5 – em países como o nosso, a única maneira de sobressair das empresas multinacionais é por meio da intervenção do Estado, no entanto, o desgoverno FHC/Serra privatizou 109 empresas públicas, dentre elas a Embraer e a Neiva (aviação), empresas pólo de tecnologia e essenciais na formação de técnicos de alto nível, além das empresas de telecomunicações, química fina, e mesmo assim a dívida externa no período que era de US$60 bilhões passou para US$ 630 Bilhões;

 
6 – os países protegem seus parques industriais, tecnológicos e suas patentes industriais, menos o Brasil. Por conta de vários acordos internacionais que o Brasil assinou obrigado pelo FMI e Banco Mundial, quando o Brasil dependia de empréstimos para pagamento da dívida externa, não poderia reproduzir nada já patenteado, assim a nossa indústria não conseguiu o desenvolvimento científico e tecnológico que conseguiram China, Coréia, Singapura, Malásia, etc...

 
7 – a educação no país sofreu após o golpe militar de 1964, com a desconstrução do modelo educacional pelo regime e a perseguição de vários educadores, até mesmo com o assassinato de alguns, e mais a punição de professores, alunos, servidores públicos e empregados de estabelecimentos de ensino, além do medo, ajudou a criar essa massa de analfabetos funcionais, que hoje representam a maioria da população brasileira.

 
8 – uma mídia irresponsável, que sempre defendeu o modelo econômico de atrelamento aos EUA fazendo o povo acreditar na máxima vendida pelo golpe militar, de que “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”, como se um país imenso como este, o 5º país em extensão territorial do planeta, o segundo maior país das Américas, o maior da America do Sul e atualmente com 190 milhões de habitantes, precisasse de muletas para não caminhar com as nossas próprias pernas.


*Esses “economistas” diziam que o Brasil cresceria pelo endividamento externo, o que cresceu, na verdade, foi à dívida externa brasileira que se tornou impagável de tantas vezes corrigida por juros extorsivos cobrados, aleatoriamente definidos pelo “mercado”, e a miséria junto com a desigualdade social.







terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os defensores dos interesses multinacionais (Serra/FHC/DEMO/PTB/PPS)

Serra prometeu a petroleira americana mudar regras do pré-sal



Petroleiras americanas eram contra novas regras para pré-sal



por JULIANA ROCHA, Folha.com






DE BRASÍLIA






As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.






É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA de dezembro de 2009 obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.






“Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.






O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.






O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e voltam”.






A executiva da Chevron relatou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio. O cônsul Dennis Hearne repassou as informações no despacho “A indústria do petróleo conseguirá derrubar a lei do pré-sal?”.






O governo alterou o modelo de exploração — que desde 1997 era baseado em concessões –, obrigando a partilha da produção das novas reservas. A Petrobras tem de ser parceira em todos os consórcios de exploração e é operadora exclusiva dos campos.






A regra foi aprovada na Câmara este mês.






A Folha teve acesso a seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks.






Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como “operadora chefe” também é relatado com preocupação.


O consultado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.






O consulado cita que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional.






Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.






Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA, na época da descoberta do pré-sal, causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.






Do sítio:

http://www.viomundo.com.br/denuncias/wikileaks-serra-prometeu-as-petroleiras-americanas-mudar-as-regras-do-pre-sal-caso-vencesse-eleicao.html

*Não podemos apoiar políticos que defendam os interesses transnacionais contra os do país. Nós temos o mesmo potencial econômico das grandes potências mundiais, só não conseguimos nos igualar por causa de maus políticos soldados dos interesses dos outros.

O lobby pelo pré-sal revelado pelo Wikileaks

WikiLeaks revela bastidores do lobby das petroleiras pelo pré-sal



13/12/2010






Nos bastidores, o lobby pelo pré-sal






por Natalia Viana, blog CartaCapital WikiLeaks


“A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. Este é o título de um extenso telegrama enviado pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro do ano passado.






Como ele, outros cinco telegramas a serem publicados hoje pelo WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos interesses das petroleiras.






Os documentos revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.






“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo . Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.






Partilha






Pouco depois das primeiras propostas para a regulação do pré-sal, o consulado do Rio de Janeiro enviou um telegrama confidencial reunindo as impressões de executivos das petroleiras.






O telegrama de 27 de agosto de 2009 mostra que a exclusividade da Petrobras na exploração é vista como um “anátema” pela indústria.






É que, para o pré-sal, o governo brasileiro mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um deteminado tempo. No pré-sal elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.






Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobras terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.






A diretora de relações governamentais da Chevron, Patrícia Padral, vai mais longe, acusando o governo de fazer uso “político” do modelo.






Outra decisão bastante criticada é a criação da estatal PetroSal para administrar as novas reservas.






Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia, chega a dizer ao representante econômico do consulado que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobras. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”.






Mesmo com tanta reclamação, o telegrama deixa claro que as empresas americanas querem ficar no Brasil para explorar o pré-sal.






Para a Exxon Mobile, o mercado brasileiro é atraente em especial considerando o acesso cada vez mais limitado às reservas no mundo todo.






“As regras sempre podem mudar depois”, teria afirmado Patrícia Padral, da Chevron.






Combatendo a lei






Essa mesma postura teria sido transmitida pelo pré-candidtao do PSDB a presidência José Serra, segundo outro telegrama enviado a Washington em 2 de dezembro de 2009.






O telegrama intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?” detalha a estratégia de lobby adotada pela indústria no Congresso.






Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China, poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro.






Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.






Segundo ela, José Serra se opunha à lei, mas não demonstrava “senso de urgência”. “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.






O jeito, segundo Padral, era se resignar. “Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria dito sobre o assessor da presidência Marco Aurelio Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da legislação.






“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.






Entre os parceiros, o OGX, do empresário Eike Batista, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Confederação Naiconal das Indústrias (CNI).






“Lacerda, da Exxon, disse que a indústria planeja fazer um ‘marcação cerrada’ no Senado, mas, em todos os casos, a Exxon também iria trabalhar por conta própria para fazer lobby”.






Já a Chevron afirmou que o futuro embaixador, Thomas Shannon, poderia ter grande influência nesse debate – e pressionou pela confirmação do seu nome no Congresso americano.






“As empresas vão ter que ser cuidadosas”, conclui o documento. “Diversos contatos no Congresso (brasileiro) avaliam que, ao falar mais abertamente sobre o assunto, as empresas de petróleo estrangeiras correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista sobre o tema e prejudicar a sua causa”.


Do sítio:
http://www.viomundo.com.br/denuncias/wikileaks-revela-bastidores-do-lobby-das-petroleiras-pelo-pre-sal.html

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Prisão de Assange fere a democracia.

Por Altamiro Borges




Satanizado pelos EUA e furiosamente perseguido pela Interpol, o australiano Julian Assange, criador do sítio Wikileaks, decidiu se entregar à polícia do Reino Unido na manhã desta terça-feira (7). A prisão representa um duro golpe contra a liberdade de expressão, principalmente contra a liberdade na internet. Não é para menos que os barões da mídia, no Brasil e no mundo, evitam fazer alarde. Se um blogueiro fosse detido na China, Irã ou Cuba, a gritaria seria infernal.






A desculpa para justificar a caçada a Assange é a denúncia da Justiça sueca de que ele teria cometido crimes de estupro, assédio sexual e coerção ilegal contra duas mulheres, em agosto passado. A sentença é bastante confusa, levando-se em conta que no país a prática de sexo desprotegido, sem o uso de preservativo, é considerada uma categoria leve de estupro. Assange nega as acusações e garante que a perseguição é uma retaliação ao Wikileaks pelo vazamento de documentos das embaixadas dos EUA.






Cresce o apoio ao Wikileaks






Apesar da cumplicidade da mídia ianque e das suas sucursais colonizadas, a prisão de Assange não deverá cair no silêncio. Desde que os EUA deflagraram a caçada mundial ao Wikileaks, exigindo sua retirada do ar e a prisão do seu criador, cresce o apoio ao sítio. Através do Twitter foi lançado na semana passada o movimento "imwikileaks" ("eu sou Wikileaks"). Em apenas dois dias, mais de 500 sítios na web clonaram o seu conteúdo para "tornar impossível que o Wikileaks seja retirado totalmente do ar".






Também está em curso uma jornada internacional de boicote à Amazon Web Server (AWS), empresa que hospedava o sítio, mas que se sujeitou à censura imposta pelo governo de Barack Obama. O portal está agora hospedado num servidor do Partido Pirata suiço e oferece instruções para que qualquer sítio use o seu conteúdo. No mundo da internet, pelo menos por enquanto, o poder imperial dos EUA mostra-se vulnerável. Eric Holder, censor dos EUA, já admitiu que Washington tem dificuldade para silenciar o Wikileaks.






A prisão de Julian Assange é um grave atentado à democracia, à verdadeira liberdade de expressão. Merece repúdio imediato. Uma das formas de solidariedade é continuar difundindo os textos "sigilosos" que comprovam que a diplomacia ianque é um antro de espionagem e terrorismo. Ela serve aos interesses do império - uma obviedade, mas que deve ser repetida para muitos que achavam que o imperialismo já não existia.


Do sítio:
http://altamiroborges.blogspot.com/