quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A importância do Modelo Contrato de Partilha para o petróleo brasileiro.

Enquanto a mídia canalha dispersa a atenção da bugrada para o épico Batisti, a realidade permanece dispersa.

A criação do marco regulatório do Pré-Sal, juntamente com o Fundo Social do Pré-Sal, são fatos de valor incontestável para a manutenção da perspectiva desse imenso patrimônio petrolífero nas mãos do povo brasileiro.

A internacionalização de recursos, bem ao gosto do modelo capitalista neoliberal adotado pela Irlanda e desejado ardentemente pela direita entreguista (PSDB,DEMO, PTB, PPS, PV), equivale a jogar na loteria a sorte de milhões de brasileiros e bilhões de reais, pela sujeição a regras pouco claras do mercado internacional e de nenhum controle desse patrimônio uma vez nas mãos de empresas privadas.

Pela previsão do Ministério de Minas e Energia, em 2030, haverá um déficit de 75 milhões de barris de petróleo/dia no mundo, que será suprido pela incorporação de novas descobertas, por fontes alternativas de energia ou maior eficiência energética, no entanto, qualquer mudança de cenário serão necessários grandes volumes de óleo suprido a demanda.

Hoje, 77% do óleo mundial estão nas mãos de governos e em acesso limitado, muitos deles não têm as características do Brasil, como grandes reservas, alta tecnologia em petróleo, base industrial diversificada, grande mercado consumidor e estabilidade institucional e jurídica.
O Fundo Social do Pré-sal será uma fonte de recursos para o combate à pobreza, para a educação de qualidade e para a inovação científica e tecnológica.

O patrimônio petrolífero da Irlanda foi doado ao capital internacional pelos governos inconsequentes, leia abaixo o texto disponível do sítio Resistir.info e entenda a importância do modelo de partilha adotado pelo governo apropriando para o povo brasileiro parcela significativa da valorização do petróleo.


Nacionalizar o nosso petróleo e gás


Porquê?


“O estado irlandês avaliou em 560 mil milhões de euros o valor potencial de petróleo e gás nos mares da Irlanda. Só que isso não é propriedade do estado irlandês.

Os nossos recursos e esta gigantesca soma de dinheiro – mesmo pelos padrões actuais – estão na mão de privados. Portanto, enquanto que por um lado o estado assume a dívida privada, por outro lado abre mão dos nossos recursos e do nosso futuro.

As companhias petrolíferas detêm 100 por cento do petróleo e do gás que encontrarem nas águas irlandesas. Não pagam quaisquer direitos de exploração ao estado irlandês. Podem deduzir 100 por cento dos seus custos nos impostos. Os lucros são tributados em 25 por cento, em comparação com uma média internacional de 68 por cento. O estado norueguês recebe mais dinheiro pelo nosso petróleo e gás do que nós recebemos.

O dinheiro que podia ser obtido através da nacionalização desses recursos podia ser reinvestido na economia, para o desenvolvimento de fontes de energia sustentáveis e renováveis, criando empregos, e para pagar a dívida "legítima" do estado. Também podia ser usada para construir relações comerciais úteis e mutuamente benéficas globalmente”.

 
Texto parcial, extraído do artigo “A crise econômica na Irlanda Perguntas e Respostas”. Leia o texto completo no sítio:


http://resistir.info/irlanda/crise_economica_p.html



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