domingo, 24 de outubro de 2010

Sobre servidores públicos e aposentados

Uma das coisas mais estranhas que ocorrem em época de eleição é o apoio de uma boa parte dos servidores públicos, aposentados e pensionistas ao modelo capitalista neoliberal.
Não entendo como pessoas dependentes do estado podem apoiar o estado mínimo.
Eles têm, hoje, várias garantias de segurança para a manutenção dos salários e benefícios em razão do fortalecimento do estado pelas políticas econômicas do governo Lula e, no entanto, apóiam a candidatura neoliberal e ainda a defendem com unhas e dentes, às vezes sem ao menos conseguir discutir sobre o assunto, de tão dogmáticos que se tornaram.
Será que a alienação imposta pela mídia corrupta os emburreceu de tal forma que para essas pessoas fica difícil enxergar outra solução, além daquela que não consegue resolver os problemas endêmicos criados pelo lucro insensato, como o tráfico de drogas, a violência e a corrupção, conformando-se com a falta de solução discutida pelos meios de comunicação?
Não entendem que a pregação neoliberal contra a Previdência Social tem a ver com outros interesses, que não os nossos? Que a campanha contra a Previdência é um embuste para causar a desilusão no sistema e assim facilitar a transferência dessa massa imensa de recursos da ordem de quase R$ 100 bilhões por ano para a iniciativa privada, ou seja, o sistema financeiro internacional com o qual não tem diálogo possível e nem pressão popular e não há como fiscalizar essa empresa privada que seria criada?
Que haveria um grande prejuízo para todos os beneficiários do sistema, em razão da necessidade de manutenção do lucro, que cada vez se tornaria maior, de acordo com a própria expectativa do mercado, uma vez que assim disposto haveria a distribuição de ações por todo o mundo e seus acionistas, principalmente, os grandes acionistas, fariam grande pressão sobre as empresas para que o lucro se consolidasse?
O que ocorre hoje na França é muito mais que uma simples manifestação popular é a tentativa de manter sob o controle popular aquilo que lhes interessa, contra o modelo capitalista, de acordo com o comentário de Jean Paul-Piérot, no jornal L’Humanité: “O sistema de aposentadoria baseado na solidariedade entre as gerações expressa uma maneira de conviver incompatível com o império do “cada um por sí”, um império em que os ricos vivem sob o abrigo de seu escudo fiscal, enquanto a massa dos assalariados teria que trabalhar durante mais tempo para não ver diminuída sua pensão e cair na pobreza.” http://www.brasildefato.com.br/node/4472.
Uma vez dentro do sistema de economia de mercado seus salários e benefícios estariam sujeitos a disposição dos grandes investidores transnacionais, como aconteceu em 2009 com os aposentados norte-americanos, que ficaram a mercê dos investimentos em derivativos, que ninguém consegue explicar que raio de investimento é esse, mas que causou imensos prejuízos a aposentados e pensionistas no mundo todo (menos no Brasil) e levou a bancarrota países como Grécia, Islândia, Portugal e Espanha.



Não se iludam servidores, não acreditem em segurança no modelo neoliberal, pensem que o Banco Central norte-americano é privatizado e os seus donos são as famílias bilionárias donas do Bank of America (Rockefeller), do JP Morgan (Morgan) e do Citibank (Rotschilds), da mesma forma que a Federal Income Tax (Receita Federal) norte-americana, que faz as suas próprias políticas sem depender do governo dos EUA (povo). São bancos privados que tem influência incomum e os donos são poucas famílias dos EUA, podendo colocar de joelhos toda a população norte-americana e o mundo.
 Pensem que o lucro é unicamente aquilo que lhes interessa e que os seus domínios são incomensuráveis e quando aqui presentes, são incrementes na defesa de seus interesses, impondo à população nativa aquilo que melhor lhes assegurem lucro, sem pesar e sem sentimentos de solidariedade. Assim é como veem o resto do mundo, como lixo dispensável, como mão de obra barata de uso temporário e descartável.
 Não se iludam que viveríamos igual ao modelo norte-americano do “american way of life”, isso só serve para eles lá e não para os colonizados.
 Parece muito duro, muito pesado, mas é essa a realidade ou defendemos o nosso país contra essas péssimas influências ou sofreremos as consequências, como temos sofrido ao longo de décadas em um país que é a oitava economia mundial e, no entanto, é um dos países mais desiguais do mundo. Eles têm o poder de controlar a mídia (jornais, televisões, revistas, agências de publicidade), eles têm o dinheiro para que seus interesses sejam defendidos pelas, aparentemente, mais despretensiosas pessoas.
 Lutemos a favor do país e contra o capitalismo neoliberal, não caiam no engodo dos dez por cento já no próximo ano, pois isso custará muito mais caro a longo prazo.



Um comentário:

Anônimo disse...

Thanks :)
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