quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A mídia mentirosa e o MST.

Mais uma vez a mídia mentirosa e irresponsável levanta falsidades contra o MST.
Hoje, no Jornal Bom Dia Brasil, a Rede Globo tenta criminalizar o MST taxando as manifestações contra a ocupação indevida feita pela empresa Cutrale na fazenda Santo Henrique, na região de Bauru – SP, na cidade de Iaras e Borebi, de terras da união pelo agronegócio como criminosas.
Mostrando um vídeo onde o coordenador regional do movimento Miguel da Luz Serpa comentando a possibilidade de pelo menos causar prejuízos aos posseiros ilegais da propriedade, o que não representa nada em termos legais ou mesmo factuais, mas a seguir a Rede Globo apresenta outro vídeo de uma filmagem feita de um avião com uma montagem de um trator destruindo uma plantação parecida com pés de laranja, que segundo consta foi apresentado pela Polícia Civil de Bauru.
De acordo o portal R7, o delegado seccional de Bauru, Benedito Antonio Valencise, disse que pelas imagens é possível comprovar os crimes cometidos pelos sem-terra, mas não diz quais crimes ou em qual lei podem ser imputados aos autores e sem acesso ao inquérito é impossível saber o que na realidade aconteceu, uma vez que os advogados dos acusados têm sido impedidos de acessar os autos do inquérito, segundo o delegado, para não prejudicar as investigações.
As prisões são feitas com o maior estardalhaço possível de maneira a humilhar o preso e apresentar o aparelho intimidador do estado contra aqueles que pretendem reivindicar algo em benefício da sociedade.
Não podemos esquecer a importância do MST como o único movimento de massa do país que vem sendo sistematicamente perseguido pela mídia irresponsável e posseiros, com a conivência de autoridades estaduais, pois o verdadeiro invasor, nesse caso, é a Cutrale e não o MST que tenta resguardar o direito dos verdadeiros donos da terra, nós.
O MST é um modelo a ser seguido fora do país, aqui dentro, no entanto, continua a perseguição implacável contra seus líderes e seus atos de ocupação de terras usurpadas ou improdutivas visando à atenção da sociedade para o problema maior.
Enquanto pessoas continuarem morando em favelas ou embaixo das lonas pretas do MST, ninguém reclama nada é feito e a mídia irresponsável concorda por estar de acordo com a agenda neoliberal.
Ao invés de ficarem chocadas com as notícias de que o monopólio da laranja está destruindo o ecossistema em área usurpada, as pessoas deveriam chocar com a questão da reforma agrária e tomar decisões objetivas para solução desse gravíssimo problema social, problema que estaria resolvido a muito se houvesse vontade política para tanto, entendo ser a única questão ainda pendente do governo Lula.

Devemos reforçar a nossa solidariedade ao MST pela luta que tem empreendido em favor de uma sociedade mais justa e democrática.

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