terça-feira, 31 de julho de 2007

O abuso armamentista

Ocorreu em novembro de 1963, quando em seu último discurso para a TV, o então presidente dos Estados Unidos da América John F. Kennedy, disse: "A palavra "segredo" é repugnante numa sociedade livre e aberta. Opomo-nos total e historicamente às sociedades secretas, juramentos e procedimentos secretos. Opor-nos-emos em qualquer parte do mundo a conspirações monolíticas e insensatas que sigilosamente vão expandindo as suas esferas de influências, com infiltração em vez de invasão, em subversão em vez de eleição, em intimidações em vez de liberdade de escolha. É um sistema que tem aprisionado pessoas e coisas, a tê-las bem organizadas. Uma máquina suprema e eficiente, que combina militares, diplomacia, inteligência, economia, ciência e política. As suas tarefas são escondidas, não publicadas. Os seus erros são enterrados, não divulgados. Os desacordos são silenciados, não orientados. Nenhuma despesa é questionada, nenhum segredo é revelado. Essa foi a razão pela qual o legislador grego Solon considerou crime qualquer cidadão que se acovarde perante a discussão. Estou pedindo ajuda em uma tremenda tarefa de informar e alertar o povo americano. Crente que com sua ajuda as pessoas serão aquilo que nasceram para ser: livres e independentes". Foi morto a tiros na metade do mandato por um seu concidadão, pelas forças ocultas que controlam o país, após denunciar sociedades secretas que conspiravam contra seu próprio povo, entranhadas nas forças armadas, na diplomacia, na economia, nas ciências e na política. O assassino, chamado Lee Oswald, decerto, acreditou estar fazendo algo para o seu país e foi também assassinado em seguida, por outro, que também acreditou nisso, uma vez que ambos pertenciam a mesma entidade, a CIA. E fez algo pelo seu país, de maneira consciente e com resultados inconcientes, logo após estes fatos, o país entrou em uma guerra absurda sob a égide de proteger o Vietnam do comunismo. Foram escorraçados pelo povo vietnamita, que não aceitaram a ingerência em assuntos próprios. Mas, contudo, a indústria armamentista lucrou uma fortuna, o que, sem dúvida, favoreceu o poderio bélico dos EEUU no mundo, reduziram a pó a mística da União Soviética, sua única rival. Quanto aos que sucumbiram, de ambas as partes na carnificina patrocinada pelos homens de negócios, nada mais natural, afinal morre gente todo dia e todas elas sem saber porque viveram e, muito menos, de porque morreram (lógico!). Deixando um vácuo na sociedade no qual pela ausência de pulsão, esta morre aos poucos.
A indústria bélica tem fome e não pára, tanto que hoje, o foco da carnificina no Oriente Médio: Iraque, Irã, Israel, Palestina, Líbano, Síria, na Ásia com o Afeganistão. A América Latina com a Venezuela e Brasil são os novos pontos de convergência de seus interesses. E depois?

Um comentário:

Anônimo disse...

A indústria armamentista é tão poderosa que não consequem reduzir a produção de armas nem nos Estados Unidos, muito menos no Brasil.